quarta-feira, 11 de abril de 2012

terça-feira, 10 de abril de 2012

Jorge Coelho: músico nosso

Jorge Coelho é natural de Imbituba (SC) onde morou até 1969. Depois veio viver em Florianópolis onde se formou engenheiro. Trabalhador da Celesc, Jorge nunca deixou de dar vazão a sua maior paixão que é compor e fazer música. Violinista, cantor e compositor Jorge já tem quatro CDs: PAIXÃO AÇORIANA, ZIMBA, FAROL DOS NAUFRAGADOS e CONSTRUIR CULTURA. Não bastasse a música ele ainda escreve e tem um livro de crônicas.

Veja a entrevista feita no Campo de Peixe.




segunda-feira, 9 de abril de 2012

Jornalista Elaine Tavares lança livro: Em busca da Utopia

É nessa terça-feira, dia 10, na Pizzaria San Francesco, às 19h30min

Por Míriam Santini de Abreu

A jornalista Elaine Tavares lança seu terceiro livro no dia 10 de abril, terça-feira, às 19h30, na Pizzaria San Francesco (av. Hercílio Luz, 1131, Centro, Florianópolis). Em sua terceira publicação, “Em busca da Utopia: os caminhos da reportagem no Brasil dos anos 50 aos anos 90”, a jornalista investiga, com base na análise de reportagens de revistas que representam determinados períodos históricos, se, como e por que, nos textos jornalísticos, é possível encontrar as marcas da utopia. O gênero jornalístico que ela elege para análise é a reportagem.

Tal escolha, com todas as suas opções metodológicas, não é casual. O jornalismo que “desaloja” os sentidos é o jornalismo da reportagem. A reportagem, que cada vez mais perde espaço para breves notas e notícias nos jornais e revistas, é o que distingue o trabalho jornalístico de qualquer outra atividade de escrita que se proponha a interpretar o mundo.

É na plenitude dela e de suas técnicas de construção, que, no gesto da escrita, se expressa o prazer de enlaçar um acontecimento no instante mesmo de seu desenrolar. De o jornalista ser ao, mesmo tempo, partícipe e testemunha do desenrolar do processo histórico. A pesquisa de Elaine Tavares centra-se em reportagens de revistas de informação e, para isso, ela definiu seu campo de análise nas revistas O Cruzeiro, Realidade, Veja e Época, por serem as mais representativas no seu tempo em termos de tiragem.

A amplitude da análise confere ao livro uma característica importante: ele é fundamental não só para jornalistas, mas também para quem atua no meio popular e sindical. Isso porque, neste período histórico em que oligopólios dominam a informação, é preciso que os movimentos que atuam em diferentes áreas compreendam o processo de produção jornalística e, a partir dele, busquem construir um discurso que se contraponha ao que predomina hoje, domado pela ideia de que não há alternativas ao sistema atual.

A pesquisa da autora busca inicialmente desvelar sob quais influências veio se construindo o pensamento teórico acerca do jornalismo e da reportagem no Brasil, tomando como referência o período que vai dos anos 1950, época que se configurou chamar como a maturidade da modernidade brasileira, até final dos anos 1990, tempos da chamada pós-modernidade.

No livro ficam sinalizados os elementos que, nas reportagens das revistas pesquisadas, tocam o leitor “em uma região que está fora do racional, penetra o reino do sonho, do desejo, vibra cordas adormecidas do coração”. Adelmo Genro Filho – o teórico do jornalismo com o qual ela trabalha - então propõe um jornalismo que parta do singular, e é neste atalho que Elaine Tavares busca a compreensão de seu tema de pesquisa. Diz a autora que “um fato dado, narrado a partir de sua singularidade, concretizará nele a universalidade necessária para incomodar o leitor/espectador/ouvinte. Nesse sentido, concordamos com o autor [Genro Filho], entendendo que jornalismo só é jornalismo quando consegue provocar reação, não apenas no nível da emoção, mas a reação necessária para gestar a dúvida, o desconforto, o que leva o ser humano a se perguntar: por que tem de ser assim? E o que podemos fazer para mudar isso?”.

São questionamentos que a comunicação no meio popular e sindical precisa provocar dia a dia para fazer o contraponto ao discurso da grande mídia. E, como lembra Genro Filho, esses elementos, sem querer, podem fazer aflorar ânsias que estavam latentes, produzir a imaginação utópica e o desejo de mudança.

Os outros dois livros de Elaine Tavares são “Jornalismo nas Margens – uma reflexão sobre comunicação em comunidades empobrecidas”, e “Porque é preciso romper as cercas: do MST ao Jornalismo de Libertação”. A autora é editora da revista bimestral Pobres & Nojentas, de Florianópolis[SC], e pesquisadora no Instituto de Estudos Latino-Americanos da UFSC (IELA).

Serviço:

Lançamento do livro “Em busca da Utopia: os caminhos da reportagem no Brasil dos anos 50 aos anos 90”

Quando: dia 10 de abril, terça-feira, às 19h30

Onde: Pizzaria San Francesco (av. Hercílio Luz, 1131, Centro, Florianópolis).
 
Quem não mora em Florianópolis e quiser o livro é só depositar 15,00 na conta.
Banco do Brasil
ag: 0016-7
CC: 618714- 5

domingo, 8 de abril de 2012

Todo dia é páscoa...


Pela mão da minha mãe eu conheci Jesus. Um cara fora da casinha. Comia com as putas, com os ladrões, com os mendigos. Trabalhava no sábado, questionava as leis que oprimiam as gentes, anunciava um reino que não era desse mundo. Andarilho, sonhador, falastrão, amigo, raivoso com os vilões. Gosto dele e, por isso, me fiz jesuânica. Conspiro de suas loucas ideias...

Por isso, para mim, todas as manhãs são páscoa... Nelas, eu escuto, tal qual Maria Madalena: "por que procurais entre os mortos aquele que vive?" E como Madalena, saio a saltitar anunciando a boa nova... a rebeldia vive... hoje e sempre...