quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Pegue seu bus cheio e ganhe um bônus de recheio!

"dentro do bus , meu sonho me dá luz"

Por Thiago “Plaz” Mendes


O Estado é como um péssimo* motorista de ônibus. Ele vai pegando os passageiros sem nunca ter a idéia de olhar para trás e saber se ainda há lugares disponíveis para assento. Com isso nem chega perto de um motorista de van que, ao menos, pelas regras sociais sabe quando não existem mais vagas e, feliz por ter enchido seu carro, retira as placas chamativas e segue o mais rápido possível seu caminho e dos usuários.

Pior do que isso, pois aquele mau caráter parece nem ao menos sentir o menor repúdio quando seu veículo não possui espaços nem para aqueles em pé. Porque a cada ponto, ele pára com sua boca faminta esperando novos corpos. E apenas quando o ar parece ser fruto raro é que o povo reclama em demasia.Assim, ele se dá conta dos transtornos e, mesmo contrariado, fecha suas portas.

Pois afirmo a vós que o Estado, do mesmo jeito, nitidamente nem liga para o bem estar do povo e, repito, apenas quando o povo grita, esperneia e reclama, ele, mesmo contrariado lhe dá ouvidos.

* Péssimo motorista: Embora esse exemplo possa parecer forçado e tendencioso para o transporte alternativo, aqui retiro alguns equívocos.

Primeiro: Realmente para uma analogia, o motorista parece ter sido crucificado, afirmo aqui que é raro encontrar um motorista do exemplo acima, apenas é claro que raro seja seu adjetivo unido ao transporte público.
Segundo:Para completar a analogia poderíamos dizer que o estado, governo ou qualquer autoridade segue bem o papel dela proposto. Pois se acaso o transporte alternativo é ilegal, e se os poucos motoristas pareçam loucos, o Estado parece muito bem vivo reduzindo o pouco ar, tragando nosso mínimo salário. Tudo em nome do lucro.
Terceiro: No texto, a palavra, Estado, é apenas um símbolo conotativo para indicar opressão, por isso fica aqui meu presente a todos os leitores, completem e reescrevam-no usando a palavra mais apropriada para sua vida. Pode deixar que não faltarão boas escolhas.