segunda-feira, 10 de abril de 2017

Sobre o Daniel e o calvário do trabalhador




Causou profunda estranheza que a Pró Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas da UFSC não tenha definido ainda o destino do trabalhador Daniel Dambowski.  A própria procuradoria já havia encaminhado a decisão para a administração, portanto, o mais provável, devido a todo o debate já realizado e as evidências de perseguição, era que o processo fosse arquivado e encerrado, acabando de vez com o sofrimento do trabalhador. Mas não, foi encaminhado para outra comissão.

A pergunta que fica martelando é: que motivos levam a administração a protelar cada vez mais esse processo visto que ele é marcadamente uma perseguição a um trabalhador que foi atuante em duas greves importantes e no Grupo Reorganiza?

Em vários debates e encontros já foram levantados todos os problemas e ilegalidades que permeiam o processo. Nele constam as avaliações feitas ao trabalhador no seu estágio probatório. E, claramente percebe-se que as avaliações negativas foram feitas de maneira irregular. A última, mesmo, foi feita enquanto o trabalhador estava de licença médica. Como dizer que ele não é assíduo, se ele está em licença. Como dizer que ele não é pontual, se está em licença? Ora. Isso não tem cabimento algum. Como avaliar negativamente o trabalho de alguém que não está?

Esses são apenas alguns pontos. Há outros, já exaustivamente debatidos.

É necessário que a administração realize novas avaliações, com pessoas que não criminalizem as lutas do trabalhador e que possam julgar apenas o seu trabalho como funcionário público. Não há outra solução a não ser essa. É mais digna e a mais correta.

Não é possível que essa administração aceite essa “vingança” desferida contra o Daniel pela administração passada, que sempre agiu com truculência contra os grevistas  da histórica greve das 30 horas. Lembrem que foi a administração Roselane/Lúcia foi a primeira na história a cortar salários, a descontar dias parados e a punir os trabalhadores com processos descabidos.

O mínimo que se espera do novo reitor e sua equipe é que não compactue com essa injustiça.

Que acabe de vez esse sofrimento. Que se faça uma avaliação séria e que se arquive o processo de exoneração. 

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