O Campeche celebra a vida
O bairro do Campeche tem uma longa tradição de luta e festa. Desde os bons tempos do velho Bar do Chico, a luta pela cidade se fazia em meio à alegria, porque a vida mesma precisa de batalha e riso. Não é sem razão que o Campeche foi pioneiro na construção de um Plano Diretor para o bairro, que depois se espraiou para a cidade inteira. São mais de 30 anos de peleias para manter um jeito de viver que é simples, bonito e comunitário.
No Campeche também sobrevive ainda a pesca artesanal. São poucos barcos, mas todos os dias se pode ver pela praia a labuta difícil de quem vive do mar. A canoa à remo, a força bruta do pescador que precisa arrastar a rede com as próprias mãos, a partilha amorosa do peixe na beira da praia. Tudo isso vibra e mantém a comunidade unida.
É por isso, que no dia primeiro de maio, desde há 10 anos, as gentes do Campeche celebram a vida numa linda festa comunitária. É missa que marca o início da temporada da tainha, peixe bom que vem junto com o frio, trazer fartura para as mesas campechianas.
Esse ano, além da missa, a Associação dos Pescadores do Campeche preparou uma intensa programação cultural que começa já na quinta-feira, dia 30, com a projeção de filme lá no Rancho da Canoa Glória, que hoje é praticamente um espaço de cultura local. E, no dia primeiro de maio, em meio às celebrações do dia do trabalhador, o dia começa com um café comunitário no rancho, depois tem a missa e, em seguida, uma série de atividades culturais como brincadeiras e apresentações de teatro, com a Dona Bilica, e de música.
O primeiro de maio no Campeche é um dia de encontros e delicadezas comunitárias. É quando a gente sabe que pertence a um lugar. Quando os abraços se fazem, o riso ecoa e as pessoas se encontram para comungar a vida preciosa. Tudo isso com o som do mar. Um momento em que a vida faz pleno sentido.
Quem é comunidade pode chegar. Porque comunidade são as forças vivas de um lugar, que lutam por vida digna, por beleza e pela distribuição da riqueza.
Esperamos vocês.
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