O governo de Dilma Roussef está usando uma estratégia verdadeiramente anti-democrática com os trabalhadores. Não negocia com quem está em greve e ainda mostra toda a sua força de aliada dos empresários capitalistas apresentando, de novo, um projeto que privatiza os hospitais públicos.
Parados desde o dia 6 de junho, depois de cansar de participar de mesas de negociação que não negociavam nada, os trabalhadores das universidades federais seguem em luta, exigindo do governo uma posição quanto às suas reivindicações.
Nesta terça-feira, representantes do MEC e do Planejamento enviaram um documento ao comando de greve afirmando que não farão qualquer negociação com a categoria em greve e que só voltam a conversar se houver o fim do movimento. O descaramento do governo é tão grande que eles usaram o mesmo conteúdo de um outro documento já enviado enviado à federação, apenas mudando o dia, escrito à caneta.
Não bastasse esse autoritarismo de não reconhecer o direito de luta dos trabalhadores, no mesmo dia em que se recusava a falar com os trabalhadores em greve, o governo divulgou o conteúdo do Projeto de Lei que re-coloca a questão da privatização dos hospitais universitários, desejo acalentado pelos empresários da doença. É o mesmo conteúdo da Medida Provisória que havia sido derrubada no Congresso em função de ter se esgotado o tempo de validade. Agora vem como Projeto de Lei e deve contar com toda a tropa de choque governista para a aprovação.
Espera-se que os trabalhadores reforcem o movimento de greve. Na UFSC a assembléia que discute o assunto será nesta quinta-feira, às 14, no RU.
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