DA MEMÓRIA – Hoje, tentando fazer o pai permanecer dentro de casa, por conta do frio, tivemos um daqueles momentos de boniteza. Ele falando palavras ininteligíveis sobre algo lá fora no portão. Aí eu fui tentar abraça-lo, dizendo “meu magrinho... meu querido paizinho”.
E ele, fazendo cara de brabo:
- Mas, por acaso eu sou teu pai?
- Pois o teu nome não é José Nelson Tavares?
- Sim.
- E o meu é Elaine Tavares, então?
Aí ele, reconhecendo o Tavares, deu um grande sorriso e abriu os braços todo alegre, me envolvendo em um longo e apertado abraço...
- Maaaaaas, que coisa querida, dizia.
E os seus olhos era puro brilho...
Um comentário:
Lembrei daquela música que o Sérgio fez para o pai Jaco do Bandolin:E nos seus olhos era tanto brilho que mais que seu filho eu fiquei seu fã.li td que vc escreveu sobre seu pai desde que o levou pra morar com você e morro de inveja por não ter sido uma filha assim.
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