quinta-feira, 17 de junho de 2021

Da memória

DA MEMÓRIA – Hoje, tentando fazer o pai permanecer dentro de casa, por conta do frio, tivemos um daqueles momentos de boniteza. Ele falando palavras ininteligíveis sobre algo lá fora no portão. Aí eu fui tentar abraça-lo, dizendo “meu magrinho... meu querido paizinho”.

E ele, fazendo cara de brabo: 

- Mas, por acaso eu sou teu pai?

- Pois o teu nome não é José Nelson Tavares?

- Sim.

- E o meu é Elaine Tavares, então?

Aí ele, reconhecendo o Tavares,  deu um grande sorriso e abriu os braços todo alegre, me envolvendo em um longo e apertado abraço...

- Maaaaaas, que coisa querida, dizia. 

E os seus olhos era puro brilho...

Um comentário:

Tereza disse...

Lembrei daquela música que o Sérgio fez para o pai Jaco do Bandolin:E nos seus olhos era tanto brilho que mais que seu filho eu fiquei seu fã.li td que vc escreveu sobre seu pai desde que o levou pra morar com você e morro de inveja por não ter sido uma filha assim.