Era assim. Todas as tardes era hora de ir ao Xangô, um espaço de bar/discoteca/ salão que havia na beira do Rio São Francisco, em Pirapora. Por volta das cinco horas o tempo era de um banho nas duchas do rio e depois ficar à toa, pernas para o ar, vendo o pôr-do-sol, aquela quenturinha envolvendo o corpo. A vida passava devagar naquelas lindas paragens das Minas Gerais. Uma cuba libre, a cabeça tonteada. A cidade toda passava por ali, pelo menos a que nos interessava. O flerte, o olhar oblíquo, aquela coisa morna do norte de Minas. Um deixar-se estar, apenas fruindo o som do rio, passando devagar. Tudo era devagar. Por vezes um beijo, um volteio de corpo, o mergulho nas águas profundas. Pirapora. Pira Poré. E no som que ecoava das caixas do Xangô, Alceu... E a belle de jour... as tardes de dias azuis... Era bom! E a gente, no azul, também viajava. Saudades daqueles verdes anos!
Elaine Tavares. Jornalista. Humana, demasiado humana. Filha de Abya Yala, domadora de palavras, construtora de mundos, irmã do vento, da lua, do sol, das flores. Educadora, aprendiz, maga. Esperando o dia em que o condor e a águia voarão juntos,inaugurando o esperado pachakuti. Contato: eteia@gmx.net / tel: (48) 99078877
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Jornalismo de Libertação
Este é o pressuposto teórico básico do jornalismo praticado pela autora deste blog. Seguindo a senda da Filosofia de Libertação, que busca olhar o mundo a partir do olhar da comunidade das vítimas do sistema capitalista, o jornalismo de libertação se compromete em narrar a vida que vive nas estradas secundárias, nas vias marginais. O jornalismo de libertação não é neutro nem imparcial. Ele se compromete com o outro oprimido e trata de, na singularidade do fato, chegar ao universal, oferecendo ao leitor toda a atmosfera que envolve o assunto tratado. (Jornalismo nas Margens. Elaine Tavares. 2004)
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