Atendendo a um chamado do professor Irineu Manoel de Souza,
do Cursos de Administração da UFSC, trabalhadores técnico-administrativos,
professores e estudantes do CSE estiveram reunidos nessa quinta-feira, dia 08,
para discutir as regras da eleição para a direção do Centro.
Tudo isso porque uma comissão tirada no Conselho da Unidade,
ao discutir as regras para a eleição, acabou empatada entre a proposta de
votação paritária e outra que prevê a regra dos 70/30, na qual os professores
teriam peso maior no processo.
Na reunião, as três categorias foram unânimes em repudiar a
proposta do 70/30, encarando-a como um atraso em relação ao que historicamente
vem acontecendo na UFSC. Já existe um acúmulo político sobre a consulta ser
sempre paritária, uma vez que as instâncias da UFSC já funcionam na regra do
70/30.
O professor Lauro Mattei lembrou que desde a primeira
eleição realizada para reitor, em 1984, a UFSC tem praticado a consulta com o
voto paritário. Logo, não tem qualquer cabimento o CSE iniciar um retrocesso.
Técnicos lembraram que a categoria tem na sua pauta de luta a proposta do voto
universal, assim como os estudantes, mas que até o momento o acordo possível
foi o voto paritário e qualquer passo atrás não será tolerado.
Entre os estudantes também ficou expresso o sentimento de
que, diante da proposta de atraso, a luta deve ser sempre pelo voto universal,
que exprime o voto verdadeiramente democrático. Brenda Piazza, do grupo TAES LIVRES, acompanhou a reunião e ressaltou a importância de todos conhecerem o conteúdo do relatório final do GT Democracia, criado pelo Conselho Universitário para discutir as regras da eleição para a reitoria.
A reivindicação geral é de que o Conselho da Unidade não pode
realizar uma votação desse quilate sem que haja um amplo debate em todas as
instâncias do Centro. Mas, não um debate na lógica dos conselhos, que não são
democráticos, já que as representações são desiguais. Um debate amplo, aberto,
com toda a comunidade do CSE, para que seja exposto os motivos de uma proposta
de retrocesso ter surgido nesse momento.
Do encontro foi retirada uma comissão para conversar com a diretora
do Centro, professora Elisete, visando garantir que a próxima reunião do
Conselho da Unidade seja aberta. Também foram tiradas várias propostas de
mobilização, tanto dos TAEs quanto dos estudantes e professores.
Mais tarde, na reunião com a diretora do Centro, ela se
mostrou aberta ao debate e espera uma proposta de data por parte do movimento
para a realização da reunião do Conselho de Unidade. Essa proposta deverá ser
entregue na segunda-feira que vem.
No Centro Socioeconômico esse é um tema que já está
mobilizando as categorias e por todo o prédio já se podem ver os cartazes
contra a proposta do 70/30.
Reunião com a diretora do Centro, professora Elisete.
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