sábado, 22 de janeiro de 2011

A doutrina do choque

Excelente resumo do livro de Naomi Klein: A doutrina do Choque. Veja como os teóricos pensam o mundo e como ajudam a dominar as maiorias. Mas o antídoto existe: é a informação! Saber o que acontece é um passo para a libertação.

Luciano Huck - explorando a tragédia


Enviado por Luisn Nassif

Por O Escritor

Sinceramente, não sei o que pensar sobre isso. Peço ajuda. Luciano Huck é sócio do Peixe Urbano, um site de compras coletivas. Em dezembro último, o apresentador da Globo usou o Twitter para tentar bater o recorde de vendas de cupons no site: O apresentador Luciano Huck – agora sócio do site de compras coletivas Peixe Urbano - usou pela primeira vez o Twitter para impulsionar a venda de cupons de desconto – e quase conseguiu o que queria: superar o recorde de vendas do site."

Ontem, ele postou esta mensagem no Twitter: Luciano Huck - "Quer ajudar, e muito, as vítimas da serra carioca [sic]. Via @PeixeUrbano, vc compra um cupom e a doação esta feita. A compra dos cupons, segundo o site, reverterá em benefício de duas ONGs que estão ajudando as vítimas das enchentes. Parece bonito, mas não é. Primeiro, é necessário ir ao site do negócio de Luciano. Depois, é preciso se cadastrar no site. E então comprar um ou mais cupons de R$10,00.

Ganha Luciano porque divulga o seu negócio (mais de 7.000 RTs até agora), cadastra milhares de novos usuários em todo o Brasil, familiariza esses usuários com os procedimentos do site, incentiva o retorno e aumenta absurdamente o número de cupons vendidos – alavancando o Peixe Urbano comercial, financeira e mercadologicamente. Além do ganho de imagem por estar fazendo um serviço público (li vários elogios nos RTs).

Sabe-se lá como será contabilizado ou fiscalizado o total recebido como doação e repassado para as duas organizações parceiras. O usuário não tem nem terá acesso a esses dados internos. Supondo que todo o montante arrecadado chegue às vítimas, se for mesmo o que estou entendendo, trata-se da mais sórdida exploração da desgraça alheia que já presenciei em toda a minha vida.

As pessoas que estão doando seu dinheiro, seus produtos, seu tempo, suas habilidades e sua atenção aos desabrigados e às vítimas não estão pedindo nada por isso, não estão ganhando nada com seu gesto de solidariedade, não estão usando essa tragédia para obter nenhuma forma de lucro pessoal. Fazem o bem porque são humanas, ficaram chocadas com as imagens e as informações, se sensibilizaram com o sofrimento alheio. Ajudam por solidariedade, empatia e até por desespero.

E a maioria delas não tem quase nada na vida, em comparação com o apresentador da Globo. De todas as iniciativas já divulgadas até o momento, só a de Luciano Huck visa primeiramente ao lucro pessoal, para depois, secundariamente, resultar numa ajuda social. Quando um tsunami matou 200 mil pessoas no sudeste da Ásia, em 2004, recebi um e-mail de um escritor inglês pouco conhecido, no qual se fazia a oferta: "Compre um dos meus livros, e eu doarei 30% do valor para as vítimas da tragédia". Saí da lista do explorador barato na hora, mas a favor dele contava o número reduzido de destinatários da mensagem.

Luciano Huck tem 2.600.000 seguidores no Twitter: é este o público-alvo do seu apelo interesseiro. Pode não bater o recorde de cupons, desta vez, mas temo que tenha batido o recorde da safadeza. Aceito argumentos que me provem o equívoco dessa suspeita. Depois dos R$24 milhões entregues pelo Estado à Fundação Roberto Marinho, dinheiro originalmente destinado à contenção de encostas e às obras de drenagem, mais esta. Turma da Globo, vocês pensam que estão apenas lucrando com as águas, mas na verdade podem estar brincando com fogo.

Se vc ainda não sabe da história dos 24 milhões destinados às obras de contenção contra enchentes em Petrópolis, em 2009, e que foram desviados para a Fundação Roberto Marinho, eis a matéria.:
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/dinheiro-das-enchentes-foi-para-fundacao-roberto-marinho

Fornecedora de sonhos e de craques para times de botão

Por Rudson Pinheiro Soares - jornalista - Natal/RN

Eu tinha 11 anos e ficava ansioso para que meu irmão, de 19, chegasse com Placar. Era 1986, primeiro ano dele trabalhando e, assim, comprando-a. No Açu, a revista só chegava à sexta, quando já tinha tido a rodada de quarta e praticamente se iniciado a do fim de semana. Às vezes, na chegada, eu já estava na banca, em angustiante espera. Antes de folheá-la, um drible nos meninos da rua que já queriam o empréstimo do valioso bem. Negociada a posse, eu ia ao Tabelão - espécie de diário oficial do futebol - acompanhar o campeonato do MT, ES, A2 de SP, entre outros, e o do próprio RN, já que a TVU não mais pegava no Açu e, lá em casa, não se tinha hábito de comprar jornal. A Rádio Cabugi, só depois de muita porrada no moto-rádio, o que servia também para a Rádio Globo. Li Placar do fim de 1986 a 1990. Edições que consegui salvar têm rasgos circulares das faces dos craques, que iam para os botões.

Jornalismo de qualidade, investigativo, além do dia-a-dia, do campo. Reportagens. Em uma delas vi a saga dos jogadores do Bahia, campeões da Taça Brasil de 1959. Onde Anda descobria o paradeiro de outrora famosos. Imagens de Placar trazia fotos fantásticas. Garota de Placar fazia a festa da moçada que, aos 15, já pensava em algo mais. Ah Vanusa Spindler, onde você foi parar? Perfil indicava as preferências dos craques. Raro um que não tivesse o Escort XR3 como carro predileto. A última página era de Humor e o Gato de Placar, personagem em caricatura, também nos fazia rir, só que em qualquer página, relacionando sua piada ao assunto em questão. Tinha também a Bola de Prata, principal prêmio do nosso futebol. Jornalistas davam notas em cada posição – rodada a rodada do brasileirão. Ao final, a seleção do campeonato. Alberi, do ABC, a compusera, em 1972. Para o melhor, a Bola de Ouro. Por fim, as edições especiais como a dos campeões, com reportagens e pôsteres de campeões estaduais. Como esquecer o título catarinense de 1987 do Joinville - Nardela de cabeça enfaixada.

Em setembro de 1988, Placar passou a ser em papel inferior, com menos páginas e em formato maior: “Placar Mais – maior, mais colorida, mais barata” dizia o slogan na tentativa de esconder a contenção de despesas. Eu sonhava com a edição 1000 que viria em agosto de 1989, com Pelé na capa, óbvio - tal qual a primeira edição, de 1970. Ainda em 1989, uma matéria sobre eleições. Mazolinha, do Botafogo, disse algo como estar na hora dos trabalhadores assumirem o poder e, por isso, votava Lula. Virei fã do atacante. Assim como Placar, Lula dava gosto de ver... Ah o que ele achava do Sarney.

Em março de 1990, a edição de 20 anos. Um mês antes, a da despedida de Zico. Pouco antes da Copa da Itália, edição dos 75 anos da seleção brasileira. As três, edições especiais. Tomo por ofensa, se alguém perguntar por quanto vendo. Não dava para imaginar que, em agosto daquele ano, pouco depois do Mundial, Placar – como fora concebida - encerraria suas atividades, com a edição 1051. Só sairia às bancas, quando algo justificasse. Virou temática. A alegria da meninada da rua acabara, o sonho acabara, meu mundo acabara. A molecada da distante Açu perdia sua principal fornecedora de sonhos e de craques para seus times de futebol de botão.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Exclusivo: Entrevista com Julian Assenge

Um iniciativa de blogueiros brasileiros, via Carta Capital, vai oferecer entrevista exclusiva com o criador da Wikileaks, Julian Assenge. Este material sairá em breve apenas na rede de blogs. Nós estamos fazendo parte desta rede e também disponibilizaremos a entrevista. Toda a gente pode participar questionando o homem que causou furor com a divulgação de informações "secretas". Quem quiser fazer alguma pergunta ao Julian pode mandá-la via comentário, até o final desta sexta-feira, no blog da Carta Capital: cartacapitalwikileaks.wordpress.com

Trote que vitimou 12 alunos da Escola Naval tem nome: tortura


Por Pedro Pomar


Nada menos do que 12 alunos da Escola Naval do Rio de Janeiro estão internados, 11 deles no Hospital Naval Marcílio Dias e outro em hospital particular, em decorrência de problemas médicos e renais variados, inclusive insuficiência renal.

Fartos relatos de parentes indicam que os candidatos a aspirante foram submetidos pelos alunos veteranos a um violento trote. Teriam sido obrigados, por exemplo, a carregar pesadas mochilas sob sol forte e sem beber água (os colegas mais velhos furavam os copos dágua entregues aos calouros). O diretor da Escola, almirante Leonardo Puntel, declarou o seguinte ao portal G1: “Nós estamos apurando para ver o que efetivamente aconteceu. Não existe trote na escola naval de maneira nenhuma. Existe [sic], sim, atividades físicas, físico-militar, atividades profissionais. Tudo isso muito bem planejado”.

Claro. Tudo muito bem planejado, profissionalmente, a ponto de alguns dos alunos precisarem fazer diálise e um outro estar com o “pulmão encharcado”, segundo relato de uma prima à Rádio CBN.

O trote da Escola Naval tem nome: tortura. A prática da tortura foi a tal ponto institucionalizada durante a Ditadura Militar que ela se entranhou nos hábitos e rituais das próprias instituições militares (e contaminou a sociedade). Um policial militar alagoano da Força Nacional foi morto por afogamento por dois tenentes da PM do Mato Grosso, em meio a um treinamento para formar “homens especiais”. Em 2005, a televisão revelou as sessões de tortura sofridas pelos sargentos recém-formados no 20° Batalhão de Infantaria Blindada do Exército, em Curitiba.

As declarações do almirante Puntel sugerem que nada mudou na Marinha. Uma sindicância foi aberta, mas o diretor já antecipou seus resultados: não existe trote (isto é: tortura), as atividades foram bem planejadas, logo o problema está nos rapazes hospitalizados.

O episódio da Escola Naval reforça a necessidade de uma profunda reforma institucional nas Forças Armadas e nos colégios militares, de maneira que os valores democráticos e os princípios fundamentais de respeito aos direitos humanos sejam incorporados por eles. Se isso não ocorrer, o fio condutor da mentalidade militar continuará sendo a ideologia da segurança nacional e seus subprodutos espúrios, entre os quais a tortura.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O sul do mundo

Belíssimo trabalho dos fotógrafos Ricardo Casarini e Thomas Paul Bisinger, com um olhar sobre as gentes deste sul do mundo...

O sul do mundo from IELA on Vimeo.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Povo Qom luta por terra na Argentina


O Chaco argentino é uma região dura. Ali, nos meses de verão, a sensação térmica pode passar dos 50 graus. Poucos são aqueles que se atrevem a sair de casa no horário que vai das 10 às 16 horas. Tudo parece derreter e a umidade se agarra nos ossos, tornando a atmosfera quase irrespirável. É nessa extensão de terra, fronteira com o Paraguai, que vivem ainda dezenas de etnias originárias, do chamado grupo Tobas (do guarani tová, que significa rosto, cara, frente). Esta expressão, depreciativa, foi dada pelos conquistadores, ainda que buscada da língua local, porque estas etnias tinham por costume raspar a parte dianteira da cabeça. Atualmente, cada uma delas reivindica seu verdadeiro nome, como é o caso dos Qom. Seu território ancestral se esparrama pelo Paraguai e parte da Bolívia. Assim como todos os originários desta imensa Abya Yala estes povos também tiveram de vivenciar a invasão de seus espaços sagrados, a destruição de sua forma de vida e o quase extermínio. Mas, também seguindo o rastro do grande movimento que hoje percorre as veias abertas destas terras do sul do Rio Bravo, estão novamente de pé, reivindicando direitos e fazendo ecoar suas vozes nas selvas de concreto erguidas pelos conquistadores.


Hoje, os Qom, uma das etnias que habitam aquela região, estão fincados no meio do mini-centro de Buenos Aires, na Avenida 9 de julho, com suas bandeiras coloridas, suas canções, sua língua e suas demandas. Eles decidiram montar ali um acampamento para protestar contra os abusos que seguem sendo cometidos pelos governos e pelos empreendimentos privados, que insistem em roubar suas poucas terras e empurrá-los para a morte.


A movimentação começou na região de Formosa, cidade de Clorinda, na comunidade La Primavera, reduto originário dos Qom, quando o governo provincial de Gildo Insfran (acusado de racista pelos movimentos sociais) enviou a polícia para retirar as famílias que lá vivem, sob a alegação de que iria construir ali um Instituto Universitário. As famílias não aceitaram a expulsão e decidiram resistir, trancando a estrada, evitando assim a entrada das máquinas que tinham sido enviadas pela empresa que deverá construir a universidade privada. No conflito morreu Roberto Lopez, de 53 anos, e outro ficou gravemente ferido, morrendo depois no hospital da região. Vinte e nove pessoas acabaram presas, entre elas mulheres com seus bebês.


Segundo Rubén Días, um dos representantes do Qom em Buenos Aires, tão logo se deu o conflito, a comunidade recebeu o apoio de várias etnias amigas e próximas tais como os mapuche, aymaras, quéchuas e collas. “Os nossos companheiros sabem, como nós mesmos, que há uma lei que reconhece aquele território como nosso. Não há como alguma empresa ou o governo agora querer a terra. Ela é nossa”. Hoje, vivem naquela área mais de 800 famílias Qom, perfazendo cinco mil pessoas, embora toda a etnia espalhada por reservas e cidades conte com mais de 60 mil almas. “Nós nunca fomos vistos pelo governo provincial, não temos água, luz, hospital ou caminhos. Mas, agora, o poder quer nosso território. Não vamos permitir que isso aconteça, vamos lutar”.


O acampamento no centro de Buenos Aires visa pressionar o governo federal, e eles estão há meses tentando uma audiência com a presidente Cristina Kirchner, coisa que ainda não aconteceu, mesmo tendo os integrantes realizado uma greve de fome de 30 de dezembro a 12 de janeiro, que foi encerrada depois de uma visita de um representante do governo. Este lhes assegurou que a questão da documentação das terras seria resolvida, mas até agora nada foi feito. Pelo contrário, a ocupação de terras indígenas por empresas privadas sob a ação da polícia segue acontecendo. “Esta semana teve outro desalojo, para você ver, por isso essa luta não é só da comunidade Primavera, é de todos nós, originários”. Días espera que a luta exposta bem no centro da capital possa enternecer o coração da presidente Cristina e que ela exija dos governos provinciais o cumprimento da lei que dá aos originários o direito a desfrutar do seu território. “Nós não queremos essa vida aqui na cidade, queremos viver na nossa terra. Lá, nosso supermercado não exige dinheiro, é a pesca, a caça, coisa que podemos fazer sozinhos, sem precisar pagar a ninguém. Não estamos acostumados a pedir coisas para comer, a gente faz isso em comunidade”.


Rubén Días espera que o governo respeite a luta de toda a sua gente que, desde a conquista, vem lutando para sobreviver com dignidade. “Estamos reclamando apenas o que é nosso. Essa terra é do nosso povo. Só saímos daqui quando o povo Qom entender que já está cumprida a nossa missão, com o devido respeito à lei que nos garante a terra. Aqui ninguém é contra o governo. Só queremos o que é nosso”.


A comunidade denuncia ainda o completo desrespeito à pátria e a sua cultura, na medida em que os policiais que atacaram o povo Qom ainda queimaram as bandeiras da Argentina e a sagrada Wiphala, dos originários. Os povos da região do Chaco são reconhecidamente povos guerreiros e lutaram sem tréguas contra a tentativa de aculturação pelo homem branco, tanto que em 1858 quase invadiram a cidade de Santa Fé, sendo reprimidos violentamente pelo exército argentino. Em 1919 voltaram a se rebelar e mais uma vez foram massacrados, com mais de 200 mortes no chamado “massacre de Napalmí”. Hoje, eles voltam às ruas, armados apenas de sua inquebrantável coragem chaqueana e esperam que não haja mais massacres, mas sim o reconhecimento de sua luta e cultura.


Fotos na página do Iela: http://www.iela.ufsc.br/?page=noticia&id=1632

Haiti: mais desgraças


Não bastasse toda a tragédia que tem se abatido sobre o Haiti, com golpes de estado, exército interventor nas ruas, terremoto e epidemias, agora mais um fantasma aparece para tornar as coisas ainda mais difíceis e perigosas. Em meio ao caos de país, retornou, no último domingo, o ex ditador Jean-Claude “Baby Doc” Duvalier, depois de ter sido expulso pelo povo em luta há 25 anos, ao final de um regime que mergulhou o Haiti no terror. “O avião aterrizou” – anunciavam os veículos de imprensa – “ele está nos assentos 3A e 3B”. No desembarque, aquele que, com seu pai, foi o responsável por anos e anos de atraso e medo no país disse, cinicamente: “Vim ajudar”. Resta saber como foi possível esta volta, uma vez que ele saiu corrido do país.

Pouco depois de descer do vôo da Air France, o tristemente famoso “Baby Doc” seguiu para um hotel cinco estrelas na cidade de Porto Príncipe, que passou a ser protegido pela polícia hatiana e também por soldados da ONU. Mais um absurdo.

Duvalier foi sacado do poder em 1986 depois de manifestações gigantescas contra seu governo que era acusado de saquear as reservas do país e praticar o terror contra a população, causando mais de 30 mil mortes só no “reinado” do filho. Ele estava vivendo em Paris desde há 25 anos e hoje conta com 59 anos de idade. A chegada de Baby Doc ao Haiti pode colocar mais fogo na já “caliente” conjuntura haitiana que vive hoje suas eleições presidenciais. O primeiro turno, em 20 de dezembro de 2010, não garantiu vencedor e a segunda volta será agora, no dia 20 de janeiro.

Baby Doc, que com seu pai, submeteu o país a uma sangrenta ditadura de décadas, ajudado pelo governo estadunidense, ainda tem seu seguidores no Haiti e é óbvio que a sua presença no país só serve para provocar mais tensão e emoções viscerais. Fragilizadas por todas estas tragédias que já duram quase uma década, as gentes podem optar por um retorno ao passado, o que tornará a vida dos haitianos ainda mais dolorosa. É verdadeiramente dramática a conjuntura do Haiti neste início de 2011.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Terra de Artigas...


O general dos Povos Livres... Emocionante conhecer de perto a história deste homem lindo, que junto com os charruas, minuanos, tapes, negros e povo pobre garantiu a independência do Uruguai... Breve, as histórias....