sábado, 12 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Novo jornal em Santo Antônio pelas mãos do lindo Celso Martins
DAQUI Jornal e DAQUI Web farão cobertura do distrito de Santo Antônio de Lisboa e arredores
Dois veículos de comunicação do distrito de Santo Antônio de Lisboa serão lançados neste sábado (12.2) no Engenho e Casarão dos Andrade, com a presença da banda Gente da Terra, os músicos australianos Carl Cleves e Parrisa Bouas, e o artista Valdir Agostinho, além de projeção de fotografias e exposição de artes. Tudo isso será regado com caldo de feijão, cachaça artesanal de Ratones, sucos e pirão d’água com lingüiça, incluídos no custo do convite (R$ 20,00).
O DAQUI Jornal começa com oito páginas em cores, tiragem de três mil exemplares e circulação no distrito de Santo Antônio de Lisboa (Sambaqui, Barra do Sambaqui, Santo Antônio, Barreira, Caminho dos Açores/Praia Comprida, Cacupé), chegando ao Saco Grande, Ratones, Daniela e Praia do Forte. O segundo veículo é o site DAQUI Web, noticioso, com atualização diária, apresentando uma extensa lista de serviços e links dos blogs e sites da região.
O projeto é de responsabilidade da empresa DAQUI Edições, criada para viabilizar a iniciativa pelo jornalista e historiador Celso Martins (coordenação editorial) e a cantora e acadêmica de jornalismo Joana Cabral (coordenação comercial). A artista visual Helena Rodrigues atua por enquanto como contato comercial, com o apoio direto de entidades comunitárias e lideranças locais.
Programa musical
20h – Gente da Terra.
21h – Ato de lançamento.
21h30 – Carl Cleves e Parrisa Bouas.
22h – Banda de músicos uruguaios.
22h30 – Valdir Agostinho
Local
Engenho e Casarão dos Andrade. Caminho dos Açores/Praia Comprida, 1180 (Santo Antônio de Lisboa, Florianópolis-SC.
Início
20 horas
Atividades
Projeção de fotos de paisagens da região e exposição de obras dos artistas Cláudio Andrade e Neri Andrade.
Alimentos e bebidas
Caldo de feijão, cachaça artesanal de Ratones, sucos e pirão d´água com lingüiça (incluídos no convite), mais cerveja com venda à parte.
Mais informações
Celso Martins (3335 0200)
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Na luta pela libertação, somos todos egípcios!
Florianópolis realiza Ato Público em solidariedade ao povo egípcio e pela autodeterminação dos Povos!
Dia: 15/02/2011 - terça-feira
Hora: 17 horas
Local: Esquina Democrática - rua Felipe Schmidt esquina rua Deodoro - Centro - Florianópolis
As revoluções dos povos Árabes
Furacões para a ditadura.... Brisas para a democracia e liberdade
Por Khader Othman - kaderothman@hotmail.com
Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino
Os ventos revolucionários que sopraram no mês passado na Tunísia fizeram seu ditador, Benali, fugir do país. Covardemente fugiu. O poder agora está com uma Frente Progressista que produziu, organizou e administrou o estado revolucionário na Tunísia, formação que se deu durante o ditadura de Benali. Foram ventos que atravessaram as turbulentas águas da Tunísia, chegando sãos e salvos na margem da democracia e liberdade.
Os mesmos ventos revolucionários assopram agora sobre Egito. Arrancaram a casca que escondia um ditador, brotando no lugar uma organizada e madura frente de libertação liderada por jovens que nasceram durante a ditadura. Viveram e sentiram, com experiência própria, que este modelo falido não leva a progresso nenhum. O regime está tão podre que não adiantam mais reformas ou emendas. Esta ditadura que perdura na contramão da história, leva o Egito ladeira abaixo. Nos últimos 30 anos o Egito ficou em primeiro lugar no mundo árabe no ranking da emigração de jovens. Milhares de jovens tiveram que sair do seu país por falta de emprego, perdendo assim energia e mentes lapidadas para servir em outros países.
Durante 30 anos este regime ditador deixou o Egito em um desfalque enorme de moradias populares, revelando que o regime não tinha nenhum interesse na solução de moradias para o seu povo. Os cemitérios mostraram a maior disputa no meio da população pobre, pois lá, vizinhos de cadáveres, não se paga aluguel e não tem ordem de despejo.
Enquanto esse cenário obscuro progredia, também progredia a situação financeira do chefe do regime, o ditador Hosni Mubarak e seus capangas, uma equação injusta... Sua fortuna subiu de zero em 1980 para 70 bilhões em 2011, ou seja, dentro dos 30 anos enquanto ele manipulava o poder.
Mas, por 15 dias a Praça TAHREER faz valer o significado de seu nome, traduzindo , significa LIBERTAÇÃO, são os ventos revolucionários embalando os rebelados egípcios!! Admiramos como esses revolucionários egípcios se manifestam e se organizam! São mais de três milhões de pessoas, cotidianamente, realizando protestos de forma ordeira e organizada. Utilizando a mídia, internet, comunicações alternativas, gente de todas as classes sociais unidas no grito e nas tarefas.
Há os responsáveis pela limpeza, outros pela distribuição da comida, têm o grupo de médicos cuidando dos feridos, têm aqueles responsáveis pela distribuição da medicação, enfim, todos realizam suas atividades e tarefas com a maior obediência e satisfação. Cabe aqui contar o que aconteceu na quinta feira, quando surgiu boato de que os tanques do exército iriam acabar com as manifestações. A reação foi à altura dos ventos revolucionários... Foram destinado vários homens para dormir embaixo da esteira do tanque paralisando assim sua movimentação!
A revolução da Tunísia tanto quanto a revolução Egípcia pegaram o ocidente de surpresa, pois ninguém imaginava algo nessa proporção, desconsiderando assim o potencial da mudança dos dois povos, resultando em declarações confusas sobre os acontecimentos. Alguns líderes ocidentais, com mentalidade colonialista, negam a condição de um árabe em praticar corretamente a democracia ....esquecem eles que a democracia é originária da Grécia antiga, não americana e nem européia.
Nós nos orgulhamos da diversidade do povo brasileiro! Imaginamos o dia em possamos nos orgulham da diversidade internacional! Quando houver uma real democracia que abrace a todos.
E difícil para ocidente, com sua política capitalista e imperialista, entender as mudanças no mundo árabe ou islâmico. É necessário modificar sua visão, para entender e aceitar o árabe como ele é, produto da sua cultura e sua civilização.
Duas grandes divergências azedaram as relações do Ocidente com o mundo árabe e islâmico. A primeira: a posição injusta de adotar dois pesos e duas medidas na questão palestina. Somente os Estados Unidos utilizou 37 vezes o direito de veto quando o Conselho da Segurança da ONU iria condenar Israel por seus crimes praticados contra os palestinos e árabes. A segunda: a demagogia praticada pelo ocidente. Com pregações de liberdade e democracia na mídia internacional, se comporta sustentando e apoiando politicamente as ditaduras do Oriente Médio.
Os ventos revolucionários significam furacões para as ditaduras, para o sionismo, para o capitalismo e o imperialismo.... Mas são brisas para a autodeterminação dos povos, para a democracia e para a liberdade!
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Público decidirá quem deve ser investigado pelo WikiLeaks
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Folianópolis
http://www.myspace.com/alvarezdewizqe/music/songs/Folian-polis-76091706#
Fala na Câmara de Vereadores - dia 07.02.2011
Boa noite a todos. Meu nome é Elaine Tavares e estou aqui representando uma série de entidades do sul da ilha, mais precisamente Campeche, Morro das Pedras e Pântano do Sul. O que vou dizer aqui não é delírio de um sujeito individual, é construção coletiva de um sujeito social que se constituiu naquela região desde há mais de vinte anos. Então, não é pouca coisa. Daí, nosso apelo para que ouçam de verdade o que vou dizer.
O sul da ilha é um espaço geográfico que nestes anos todos tomou uma decisão: não quer fazer parte do modelo de desenvolvimento turístico que a municipalidade e meia dúzia de empreiteiros decidiu para a cidade. E tampouco esse querer é coisa de alguns gatos pingados como dizem alguns jornalistas boca alugada e até o vice-prefeito João batista Nunes. Ao longo de mais de duas décadas o sul da ilha se reuniu, discutiu e deliberou por manter a sua vocação de lugar de moradia, de pesca artesanal, de vida simples e de natureza preservada. O Campeche foi a primeira comunidade a desenhar coletivamente um plano diretor nos anos 80, seguida do Distrito do Pântano do Sul em 1997. E, agora, durante a construção do Plano Diretor Participativo, voltou a afirmar essa vocação, junto com as demais comunidades do sul. Portanto, esse é o desejo das comunidades, concretizado na ação das forças vivas que se organizam e propõem alternativas para seu modo de vida. Não autorizamos a ninguém que tripudie sobre essa decisão, porque ela é democrática e soberana. E como cidadãos e cidadãs que vivem e pensam a cidade, nós queremos ser respeitados no nosso querer.
O sul da ilha vive hoje um processo de adensamento populacional. Enquanto dormimos, dezenas de novos prédios estão sendo erguidos sem qualquer fiscalização e com freqüentes mudanças de alteração de zoneamento. Ou seja, ao bel prazer dos empreiteiros, esta casa e os órgãos da prefeitura vão mudando as regras, completamente surdos às decisões comunitárias.
O Plano Diretor discutido e decidido pela cidade foi engavetado pelo prefeito que preferiu contratar uma empresa de fora de Florianópolis, sem qualquer conhecimento da vida deste lugar. Nós exigimos que seja respeitado o que construímos.
Neste plano, o sul da ilha mostra como é possível que as pessoas possam viver com qualidade de vida, respeitando as possibilidades de mobilidade, a capacidade de água, de saneamento, de respeito ao ecossistema que é frágil e precisa de proteção.
A comunidade não aceita a lógica da construção de imensos condomínios, que privatizam a praia, que poluem, que não levam em consideração os recursos naturais, que sugam o lençol freático, que ocupam as dunas, destroem a restinga, tiram os caminhos comunitários para o mar. Todos os dias vimos na televisão o que acontece em outros lugares onde o mar está tomando as casas. Vimos isso bem aqui, na Armação, com a queda de dezenas de residências que estavam muito próximas do mar. Construções feitas sobre as dunas pagam altos preços depois. Isso tem de parar.
Nos acusam de não querer que mais ninguém venha morar no sul da ilha. Isso não é verdade. O que queremos é que as coisas aconteçam dentro de um plano de sustentabilidade. Porque, afinal, desta realidade não podemos fugir por decreto: isso aqui é uma ilha. Tem um limite. Não observar isso é condenar a cidade e as pessoas à destruição. Nós vamos lutar contra isso.
Por conta de todos estes pontos elencados aqui, a comunidade segue o processo de luta pela manutenção da qualidade de vida nos bairros do sul, fortalecendo os seguintes pontos, para os quais vem buscar o apoio desta casa:
1 – Fiscalização rigorosa para todos estes empreendimentos que já estão em andamento.
2 – Realização de estudo do impacto que esse adensamento populacional pode causar para o sistema de água, esgoto e transporte.
3 – Exigir imediata aplicação da Lei Municipal buscando a abertura de acesso à Praia, que está sendo privatizada do Morro das Pedras em toda a Rua Manoel Pedro Vieira.
4 – Moratória imediata para a construção de novos empreendimentos até que seja definido o Plano Diretor com participação comunitária
Ao longo da semana que passou nós lutamos contra a realização de um mega show no Campeche, que junto com a derrubada do Bar do Chico, espaço histórico e comunitários, inaugura essa investida deste estilo predatório de turismo na nossa região, transformada em bola da vez pela RBS e pela Rede Globo. Nos tiram, à força, um espaço democrático e comunitário e tentam nos impor o modelo do mercado capitalista, consumista, privatista e destruidor. Insisto. Nós não o queremos. Ainda assim a prefeitura tripudiou da vontade popular e realizou dois shows, mostrando que são os grandes empreendimentos os que dão as ordens, garantindo licenças em tempo recorde.
Esta casa é casa que, em tese, reúne a representação dos desejos da cidade. Senhores, a cidade não é dos empreiteiros nem dos turistas. Ela é nossa, das gentes, das pessoas que aqui vivem e trabalham. Portanto, escutem de verdade essa voz. A voz do povo, esse ente que tanto está na suas bocas, mas quase nunca nos atos reais. O sul da ilha quer a moratória já, e a aprovação do Plano Diretor construído pela comunidade.
Assinam esta proposta:
Associação de Moradores do Campeche – AMOCAM
Associação Rádio Comunitária Campeche
Associação dos Surfistas do Campeche
Associação de Pais e Amigos da Criança e do Adolescente (APAM) do Morro das Pedras
Biblioteca Livre do Campeche
Bloco Carnavalesco Onodi
Movimento Saneamento Alternativo – MOSAL
Agrupamento do Cursinho Pré-Vestibular
UFECO
Associação dos Moradores das Areias do Morro das Pedras –AMAREIAS
Núcleo Distrital do Pântano do Sul
Núcleo Distrital do Campeche
Associação dos Pescadores do Campeche
Igreja Católica – Capela São Sebastião
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
domingo, 6 de fevereiro de 2011
A natureza não é coisa
O turismo milionário de lugares como Jurerê, Canasvieiras, Ingleses e até Balneário Camboriu, está pouco se lixando para o meio ambiente. As pessoas estão ali como poderiam estar em algum lugar em Paris, Nova Iorque, Istambul, São Paulo. O que vale ter é gente bonita, sarada, feita em mesa de cirurgia ou academia, muito champanhe e algum “estimulante” da hora. Em Florianópolis há um programa de televisão apresentado por um garoto chamado Leo Coelho que mostra muito bem isso. Ele só entrevista gente rica, destas que vem para a ilha em busca de lugares VIP como o costão do Santinho ou algum “lounge” no Jurerê. O que se ouve, nas entrevistas, é um festival de bobagem de gente que não tem compromisso algum com os lugares onde estão. Eles são os gafanhotos, aqueles que chegam e devastam. Pouco se lhes dá se o complexo do Santinho impede a comunidade de visitar a praia, não querem saber se regiões inteiras foram destruídas para que pudessem se recostar em voluptuosos sofás à beira de piscinas gigantes, tendo como fundo o mar. A imensidão azul é só cenário. Não desfrutam a praia, não se importam. Mergulham no vinho e no espumante. Esse é seu mundo. Querem o melhor salmão e não querem saber se para que ele chegue às suas mesas é necessário que um homem do mar tenha de enfrentar a fúria das ondas e toda a sorte de infortúnios causados pela poluição que empurra o peixe cada vez mais para longe.
As comunidades do sul da ilha não vêem a natureza como uma moldura bonita para suas vidas de plástico. Não. A natureza faz parte do modo de vida. A relação dos homens e mulheres com o mar, as dunas e a restinga, é de simbiose, harmonia, respeito. Cada nódoa no oceano, cada mancha na areia, cada árvore caída é vista com cuidado, investigada, tratada, porque boa parte das pessoas que vivem no sul sabe que suas vidas dependem da qualidade do ambiente. Não distinguem nem separam natureza x humanos. Tudo é uno. Daí que no Campeche, no Pântano, na Solidão, na Armação, e em outras comunidades do sul – e mesmo do norte - há gente que faz do lugar sua morada, seu espaço de vivência. A paisagem, então, não é coisa passageira, moldura de festa ou de lazer. A paisagem é permanente, parte da vida, é coisa viva, cheia de sacralidade. Para as pessoas que desde há décadas vem travando lutas pela qualidade vida no sul da ilha, esse papo de ecologia não é grife, nem moda, é coisa visceral, é a vida mesma, porque não há meio-ambiente, há ambiente inteiro com pessoas, bichos e plantas, tudo integrado.
E é porque as gentes pensam como pensam que estão em luta por um Plano Diretor que leve em conta esse jeito de encarar a vida. Querem comunidades planejadas, de casas baixas, vizinhos que se conhecem, com saneamento comunitário, água limpa, bichos circulando pelos caminhos, passarinhos cantando, água do mar clarinha, areia branca, ruas de pedra, procissão, barqueata, festa do divino, quermesse, banda de música passando pelas ruas, bicho de pé, bananeiras no quintal. Por que é tão difícil respeitar isso? Por que os serviçais dos milionários insistem em tentar ridicularizar esse modo de vida? Afinal, são estas pessoas que eles chamam de eco-chatos, odaras e que tais, que mantêm este espaço geográfico ainda capaz de se prestar ao turismo. Porque se as praias deixarem de existir tampouco poderá sobreviver a idéia de que aqui é um paraíso.
A natureza não é coisa, não é produto nem mercadoria. Ela está viva e atenta. Se destruírem as dunas, a vegetação, a restinga, o mar há de avançar, comendo as casas, os hotéis, os “lounges”, mesmo os mais finos, porque não há dinheiro que compre a fúria do oceano. “Tudo que se faz à terra, se faz também aos filhos da terra”, diz a longínqua e sábia fala indígena. O povo do sul quer viver em harmonia e vai lutar por isso, a despeito de todos os vilões da mídia, das mega-empresas e da municipalidade. Inclusive, a despeito dos vilões mais próximos, que vivem no mesmo espaço, mas que já foram tocados pela sedução do capitalismo.