Há quem diga, para desqualificar nossa Anita, que ela era apenas uma mulher que, por amor, se deixou levar por aí, nas batalhas farroupilhas e em outras peleias de libertação, inclusive na Itália. Heroína de dois mundos. Ora, ainda que fosse isso, deveríamos lhe render glória. Afinal, que mulher, naqueles dias, foi capaz de fazer o que ela fez?
Mas, o fato é que sua saga não foi só seguir um homem.
Fosse assim ela não teria lutado batalhas sem ele, espada em punho, revólver na cintura, em cima do cavalo e com os filhos nos braços. Anita era mulher apaixonada. Anita era soldado, era organizadora, era mãe, era parceira. Anita era valente, era destemida, era furacão.
Hoje, quando se celebra seu nascimento, sopra desde o mar, vindo lá de Laguna, um vento levinho. E com ele vem o seu perfume de mulher tocada pelo amor. Uma amor que a fez imortal. Eu te reverencio, Ana, Aninha, Anita, guerreira desses nossos caminhos.
E tudo o que posso desejar é que brote em nós essa paixão louca que te fez combatente quando tudo apontava para uma pacata vida na beira do mar. Eu te reverencio Anita, assim como reverencio Juana Azurduy, Bartolina, Micaela, Manuela e tantas outras mulheres que, por amor, conduziram uma nação.
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