Causou profunda estranheza que a Pró Reitoria de
Desenvolvimento e Gestão de Pessoas da UFSC não tenha definido ainda o destino do
trabalhador Daniel Dambowski. A própria procuradoria
já havia encaminhado a decisão para a administração, portanto, o mais provável,
devido a todo o debate já realizado e as evidências de perseguição, era que o
processo fosse arquivado e encerrado, acabando de vez com o sofrimento do
trabalhador. Mas não, foi encaminhado para outra comissão.
A pergunta que fica martelando é: que motivos levam a administração
a protelar cada vez mais esse processo visto que ele é marcadamente uma
perseguição a um trabalhador que foi atuante em duas greves importantes e no
Grupo Reorganiza?
Em vários debates e encontros já foram levantados todos os
problemas e ilegalidades que permeiam o processo. Nele constam as avaliações
feitas ao trabalhador no seu estágio probatório. E, claramente percebe-se que
as avaliações negativas foram feitas de maneira irregular. A última, mesmo, foi
feita enquanto o trabalhador estava de licença médica. Como dizer que ele não é
assíduo, se ele está em licença. Como dizer que ele não é pontual, se está em
licença? Ora. Isso não tem cabimento algum. Como avaliar negativamente o
trabalho de alguém que não está?
Esses são apenas alguns pontos. Há outros, já exaustivamente
debatidos.
É necessário que a administração realize novas avaliações,
com pessoas que não criminalizem as lutas do trabalhador e que possam julgar
apenas o seu trabalho como funcionário público. Não há outra solução a não ser
essa. É mais digna e a mais correta.
Não é possível que essa administração aceite essa “vingança”
desferida contra o Daniel pela administração passada, que sempre agiu com truculência
contra os grevistas da histórica greve
das 30 horas. Lembrem que foi a administração Roselane/Lúcia foi a primeira na
história a cortar salários, a descontar dias parados e a punir os trabalhadores
com processos descabidos.
O mínimo que se espera do novo reitor e sua equipe é que não
compactue com essa injustiça.
Que acabe de vez esse sofrimento. Que se faça uma avaliação
séria e que se arquive o processo de exoneração.
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