segunda-feira, 24 de abril de 2017

Bartolina Sisa



Foi embora de mansinho... como lhe era típico. Amanheceu no domingo, dentro da casinha do cachorro. Parecia dormir, mas já estava encantada. Não gostava de pegação. Nada de colo, de nhumi nhumi, carinhos. Qualquer tentativa era brindada com boas unhadas. “Deixem-me só”, miava gretagarbodianamente. E partia, caminhando levinha, aboletando-se em alguma cadeira, refestelada. Era a mãe de todos os gatos. Ao todo deve ter dado umas 18 crias, todos sapequeando no meu quintal. Amarelinhos, branquinhos, pretos, cinzentos. Cada um deles com seu jeito amoroso e independente. Sobreviveu a quase todos. Agora ficaram apenas quatro, também seus filhos. Plantei-a no jardim, como todos, em meio a miados de tristeza e lágrimas de dor. Foram 13 anos de amor e parceria. Foi bom demais. Gracias, Bartolina...Nos veremos no céu dos gatos, pois certamente eu pularei pra lá...

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