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Bartolina Sisa
Foi embora de mansinho... como lhe era típico. Amanheceu no domingo,
dentro da casinha do cachorro. Parecia dormir, mas já estava encantada.
Não gostava de pegação. Nada de colo, de nhumi nhumi, carinhos. Qualquer
tentativa era brindada com boas unhadas. “Deixem-me só”, miava
gretagarbodianamente. E partia, caminhando levinha, aboletando-se em
alguma cadeira, refestelada. Era a mãe de todos os gatos. Ao todo deve
ter dado umas 18 crias, todos sapequeando no meu
quintal. Amarelinhos, branquinhos, pretos, cinzentos. Cada um deles com
seu jeito amoroso e independente. Sobreviveu a quase todos. Agora
ficaram apenas quatro, também seus filhos. Plantei-a no jardim, como
todos, em meio a miados de tristeza e lágrimas de dor. Foram 13 anos de
amor e parceria. Foi bom demais. Gracias, Bartolina...Nos veremos no céu
dos gatos, pois certamente eu pularei pra lá...
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