Por iniciativa do vereador Lino Peres, que também é professor da UFSC, foi organizada uma reunião com a reitora Roselane Neckel visando discutir a situação dos trabalhadores após a greve interna da UFSC que acabou num impasse. Depois de mais de dois meses lutando contra o autoritarismo, a greve dos trabalhadores foi encerrada abruptamente depois de uma articulação do Sindicato (Sintufsc) com trabalhadores aposentados que se recusavam a contribuir com o fundo de greve. Numa assembléia tumultuada, a saída de greve foi votada pela direção da entidade, sem os devidos encaminhamentos pós-movimento. Com isso, cerca de 200 trabalhadores que acabaram penalizados com corte de salários e anotações de faltas injustificadas. Como muitos desses trabalhadores são novos e ainda estão em estágio probatório, o vereador entendeu que deveria tentar uma mediação para evitar prejuízos.
Assim, foram convidados para a conversa com a reitora o vereador Afrânio Bopré e os deputados Amauri Soares, Pedro Uczai e Padre Pedro. Além disso, também foi chamado o professor Irineu de Souza, por sua importância no cenário da UFSC e pelo apoio que deu aos técnico-administrativos desde o início do movimento.
A reunião havia sido marcada para o dia 20, com uma comissão encabeçada pelo professor Carlos, e foi questionado porquê a reitora se recusava a falar com os parlamentares. Assim, o encontro acabou antecipado para o dia 18, na última terça-feira, com a participação da reitora. Com a mudança de dia tão em cima da hora, os deputados Pedro Uczai e Padre Pedro não puderam comparecer, mas assinalaram que estão acompanhando o caso. O encontro aconteceu com a presença dos vereadores Lino Peres, Afrânio Bopré e Jonas Gil, representando o mandato de Amauri Soares.
Depois de a reitora falar por mais de uma hora, o vereador Afrânio Bopré, insistiu que já era hora de fechar as feridas que ficaram abertas pelo longo processo de greve, e pediu que a reitora pudesse ser sensível a isso. A reitora insistiu que está aberta ao diálogo e garantiu aos parlamentares que não haverá retaliação. Uma contradição, uma vez que a retaliação já está acontecendo desde há dois meses, com corte de salários e anotações de "faltas injustificadas". Segundo se sabe os descontos serão feitos também no contracheque de dezembro.
O professor Irineu entendeu que a reitora estaria disposta a a conversar com o sindicato, desde que o mesmo apresente uma proposta concreta para a questão.
Veja a análise do vereador Lino e de Jonas Gil sobre a reunião.
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