Viver em Florianópolis é duro. Principalmente para as famílias de baixa renda. Os aluguéis são pela hora da morte, mesmo na periferia. A renda da terra exorbita o valor dos terrenos, muitos deles conseguidos de foram ilegal, como atesta o musculoso trabalho de Gert Schinke no livro “O golpe da reforma agrária: fraude bilionária na entrega de terras em Santa Catarina”´. Terrenos valorizados, casas e apartamentos também.
E é por conta da impossibilidade de pagar os altos aluguéis que as famílias que nada têm se obrigam à luta pela moradia. Há que dar um lugar para os filhos viverem, e há que ter um lugar para descansar a cabeça. Por isso, o movimento dos sem-teto ocupa terras da União ou outras que não cumprem sua função social. Mas, as pessoas não querem terra ou casa de graça. Estão dispostos a pagar por elas, mas há que ser um preço justo e num lugar onde possam se mover e trabalhar. Só na capital existe um déficit de 20 mil moradias (mais de 75 mil pessoas) , a região metropolitana 40 mil ( 175 mil pessoas) e no estado inteiro são mais de 200 mil ( 750 mil pessoas). E o que isso significa na prática? Que essa gente toda não tem onde morar, não tem assegurado um direito básico. Não são números, são pessoas, com sonhos e esperanças de vida boa.
Na grande Florianópolis existem hoje várias ocupações, que se constituem nesse processo de luta por moradia. A Mestre Moa congrega 26 famílias, a Nova Esperança tem 300, a Beira Rio, 130 famílias, a Contestado, 150, a Fabiano de Cristo, 43, a Vila Esperança, 92, e a Marielle Franco, 134. São mais de 800 famílias só nas ocupações atuais, isso sem contar as mais antigas e consolidadas que seguem ainda na luta pela regularização. Nesse universo pulula a criançada, mais de 500 pequeninos e pequeninas, tão cedo jogados no campo da batalha por vida digna.
Pois esses pequenos precisam estudar e além de todo o processo de resistência contra o despejo e pelo direito de ter uma casa onde morar, suas famílias precisam enfrentar o desafio de manter as crianças na escola. Não é fácil. Garantir vaga e principalmente garantir a permanência é outra peleia constante. Por isso, os movimentos organizados estão realizando uma campanha para arrecadar material escolar, visando dar as condições para que as crianças possam se manter estudando.
Portanto, é hora da solidariedade concreta. O que é quase nada para alguns pode significar muito para outros. Faça sua doação em qualquer destes lugares até o dia 07 de fevereiro:
SINTESPE - SINTRASEM - SINTRAFESC - SINTRAJUSC - SINJUSC - SINTUFSC - ARCO IRIS - UDESC/FAED PET Geografia - FECESC - TENDA LULA LIVRE - Gab Ver. LINO - Gab Dep. PADRE PEDRO - SEEB BANCARIOS - SINTE Floripa - SINDSAUDE - BAIACU DE ALGUEM – RÁDIO CAMPECHE - ELETROSUL/SINERGIA – SINERGIA
Veja aqui a lista de material
Caderno Peq 1 Matéria
Caderno Gd 10 Matérias
Caderno de Desenho Gd
Caderno de Desenho Pq
Bloco A4 Pautado
Folha A4 Branca 100fls
Folha A4 Colorida 100fls
Estojo Escolar
Lápis Preto
Cx Lápis Colorido
Cx Lápis de Cera
Caneta Azul
Pincel Pq
Pincel Gd
Tinta Guache
Régua de 30cm
Apontador
Borracha
Cola Bastão
Cola Branca Tubo pq
Tesoura Sem Ponta
Fita Adesiva Transparente
Garrafa pra Agua
Copo Plástico Reciclável
Dicionário Pq de Português
Dicionário Pq de Ingles Português
Mochila Sacola ou Bolsa Escolar
Amor, Carinho e Solidariedade
A campanha é coordenada por: MNLM - Mov Nac de Luta por Moradia, Coletivo Ocupacoes Urbanas Gd. Floripa, IGENTES - Instituto Gentes de Direito
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