Hoje é um dia especial pra uma mulher especial. Forma-se a primeira turma do curso de Jornalismo da Furb, um projeto perseguido com profundo amor pela professora e jornalista Roseméri Laurindo. Ela travou uma longa luta, muitas vezes solitária, para poder fazer real esse sonho. Nascida em Blumenau, ela se constituiu jornalista ali mesmo naquele vale. Menina ainda, já circulava pela redação do Santa, com seus olhinhos curiosos e seu espírito perguntador. Depois, foi para a capital perseguir o sonho de formar-se na faculdade. Foi ali, na UFSC que a conheci. Lembro como se fora hoje. No primeiro dia de aula eu a vi, parada à porta, com uma saia meio riponga, rosa, o capelo enroladinho e o óculos fundo de garrafa. Foi amor à primeira vista. Ela era das minhas. Logo nos fizemos amigas e partilhamos juntas as delícias de aprender e compreender o jornalismo. Longas noites de pipoca, mate e Horkheimer. Discussões acaloradas sobre substituição de importação e Adelmo. Rose é assim, intensa, em tudo que faz. Andou por vários lugares no mundo, voando para bem longe de Blumenau, trilhando seus caminhos intelectuais. Mas Blumenau nunca saiu dela. E ao longo de sua existência sempre pensou que lá, na sua terra, haveria de existir outras meninas e outros meninos que, tal qual ela, buscavam o caminho do jornalismo. Por isso voltou. E voltou com o propósito de criar ali, naquele lugar que foi seu berço, o curso de Jornalismo. Não foi uma jornada fácil. Mas, se concretizou. Muito por conta de sua insuperável teimosia. Hoje, quando a primeira turma do curso fizer seu juramento de narrar a vida e a verdade, ela estará se derramando em felicidade. E eu, aqui, distante, me somo a essa alegria, porque sei o que ela significa de tempo, esforço, lágrimas e trabalho. Parabéns por hoje querida amiga e companheira. Tu és um exemplo de luta e de beleza. Agradeço todos os dias aos deuses e deusas por um dia ter cruzado aquele portal, lá no curso de jornalismo da UFSC, onde tu reinava, impávida, com tua indefectível vontade de contar o mundo. Que seja um dia lindo esse, de encerrar mais um ciclo e de ver real um sonho. Estou contigo! E te amo! Para além de todas as escuridões...
Elaine Tavares. Jornalista. Humana, demasiado humana. Filha de Abya Yala, domadora de palavras, construtora de mundos, irmã do vento, da lua, do sol, das flores. Educadora, aprendiz, maga. Esperando o dia em que o condor e a águia voarão juntos,inaugurando o esperado pachakuti. Contato: eteia@gmx.net / tel: (48) 99078877
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Este é o pressuposto teórico básico do jornalismo praticado pela autora deste blog. Seguindo a senda da Filosofia de Libertação, que busca olhar o mundo a partir do olhar da comunidade das vítimas do sistema capitalista, o jornalismo de libertação se compromete em narrar a vida que vive nas estradas secundárias, nas vias marginais. O jornalismo de libertação não é neutro nem imparcial. Ele se compromete com o outro oprimido e trata de, na singularidade do fato, chegar ao universal, oferecendo ao leitor toda a atmosfera que envolve o assunto tratado. (Jornalismo nas Margens. Elaine Tavares. 2004)
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