Passei pela Praça XV hoje e pasmei. A praça está toda cercada com tapumes. Como assim, o que é isso? Perguntei pra toda gente que por ali fica. É pra proteger do carnaval. Oi? Proteger do carnaval? Como assim? Pasmei, pasmei total. Houve um tempo em que a praça era das gentes. A praça era espaço de brincadeiras, de folia. A praça iluminada. A praça com seus banquinhos onde a gente podia dar um malho nos gatinhos. Agora, o carnaval virou o que? Festa de vândalos? Cada dia que passa a rua vai sendo tirada da gente. Não há espaço de parada, de conversa, de nada. É só um corredor por onde passamos apressados para a próxima compra. E a praça dos namorados, agora é das empresas, que, em nome de proteger vão tirando ela de nós. A praça clinicamente limpa. Pra quem? Ah, mas fica toda suja no carnaval. Ah, mas tem gente que destrói. Bom , essa é a vida... Tem gente de todo tipo. E as coisas sujam. Agora, por conta disso tiram a praça de nós? Caralho. Não podemos aceitar. Tiraram da praça o carnaval, tiraram os blocos de sujo, tiraram a beleza e agora nos dão tapumes? Vão para o inferno todos esses que nos privam da vida da cidade. Vão para o inferno. Embora o melhor mesmo fosse que a gente mesmo, em rebelião, os mandasse para lá.
Elaine Tavares. Jornalista. Humana, demasiado humana. Filha de Abya Yala, domadora de palavras, construtora de mundos, irmã do vento, da lua, do sol, das flores. Educadora, aprendiz, maga. Esperando o dia em que o condor e a águia voarão juntos,inaugurando o esperado pachakuti. Contato: eteia@gmx.net / tel: (48) 99078877
Redes Sociais
Rádio Comunitária Campeche
Artigas
o general dos povos livres
Sempre na Memória
Marco Temporal Não
Vida plena para os povos originários
Programa Campo de Peixe
sábados - 11h - Rádio Campeche
Jornalismo de Libertação
Este é o pressuposto teórico básico do jornalismo praticado pela autora deste blog. Seguindo a senda da Filosofia de Libertação, que busca olhar o mundo a partir do olhar da comunidade das vítimas do sistema capitalista, o jornalismo de libertação se compromete em narrar a vida que vive nas estradas secundárias, nas vias marginais. O jornalismo de libertação não é neutro nem imparcial. Ele se compromete com o outro oprimido e trata de, na singularidade do fato, chegar ao universal, oferecendo ao leitor toda a atmosfera que envolve o assunto tratado. (Jornalismo nas Margens. Elaine Tavares. 2004)
Moda Inviolada: uma história da música caipira
-
O livro que publiquei em 2006 com minha pesquisa sobre como a música
caipira se transformou na música "sertaneja" ainda está disponível e pode
ser adquiri...
-
*EMANUEL MEDEIROS VIEIRA*
*Salvação - Alameda dos Amigos Mortos*
*SALVAÇÃO*
Por *Emanuel Medeiros Vieira*
“*O tempo é a espera de Deus que mendiga no...