Anitápolis, uma pequena cidade que fica a 85 quilômetros da capital, Florianópolis, vive agora o drama que muitas cidades mineiras já vivem há anos: o risco de ter em seu território uma fosfateira, inclusive com barragem de contenção de lama ácida, semelhante a essas que se romperam em Minas Gerais. E a Vale é uma das empresas que está envolvida no projeto. Uma fosfateira é uma mina de fósforo, esse mineral que é usado para fazer fertilizante. Quando a proposta surgiu, lá pelo ano de 2006, a população recebeu uma chuva de propaganda anunciando os “benefícios”, tais como a geração de emprego, o que animou muita gente. Depois, com o passar do tempo e a chegada das informações mais precisas, o risco ambiental e o risco de vida para as pessoas apareceu com mais força. A mina vai desmatar, provocar erosão de solo, produzir lama ácida e uma série de outros problemas comuns a esse tipo de mineração. Segundo os estudiosos do tema a extração do fósforo em Anitápolis não tem muito sentido visto que o nível de pureza é baixo e atualmente já existem outras técnicas para extração de fósforo, inclusive do esgoto, como acontece na Europa. Sendo assim, a população hoje acredita que a ideia de uma fosfateira na cidade, além dos altos riscos para a vida, é totalmente ultrapassada para o que se destina. A área desapropriada para a extração do fósforo é uma das áreas mais férteis do município e sua venda para a empresa Bungue acabou ocasionando mais êxodo das famílias em direção à cidade. O projeto da fosfateira está eivado de problemas, tal como a primeira licença ambiental prévia ter sido dada pela Fatma e não pelo Ibama. Atualmente há um forte movimento contra a fosfateira, pois a população não quer ser refém do risco de uma tragédia como as que aconteceram em Mariana e Brumadinho. Nesse dia 04 de maio, sábado, na Praça Central de Anitápolis, acontece um grande ato cultural e de protesto, visando impedir que se inicie a mineração na cidade. Anitápolis, que leva esse nome em honra da grande Anita Garibaldi, está em luta, e não quer a fosfateira. Os moradores convidam toda a gente da região da Grande Florianópolis para participar do ato que terá início as 10 horas da manhã. Participe. O impacto da mineração na nossa região atingirá a todos.
Elaine Tavares. Jornalista. Humana, demasiado humana. Filha de Abya Yala, domadora de palavras, construtora de mundos, irmã do vento, da lua, do sol, das flores. Educadora, aprendiz, maga. Esperando o dia em que o condor e a águia voarão juntos,inaugurando o esperado pachakuti. Contato: eteia@gmx.net / tel: (48) 99078877
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Este é o pressuposto teórico básico do jornalismo praticado pela autora deste blog. Seguindo a senda da Filosofia de Libertação, que busca olhar o mundo a partir do olhar da comunidade das vítimas do sistema capitalista, o jornalismo de libertação se compromete em narrar a vida que vive nas estradas secundárias, nas vias marginais. O jornalismo de libertação não é neutro nem imparcial. Ele se compromete com o outro oprimido e trata de, na singularidade do fato, chegar ao universal, oferecendo ao leitor toda a atmosfera que envolve o assunto tratado. (Jornalismo nas Margens. Elaine Tavares. 2004)
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