sexta-feira, 6 de julho de 2012

Governo orienta dedo-durismo


O secretário das Relações de Trabalho no Serviço Público, Sérgio Mendonça, encaminhou - nesse dia seis de julho - mensagem aos dirigentes do setor de recursos humanos das universidades orientando para o corte de ponto dos trabalhadores que estiverem participando das paralisações ou greve. O documento solicita ainda que sejam repassadas informações a cada três dias sobre a extensão das paralisações e os possíveis “prejuízos”. Diz ainda que como não há nenhuma regulamentação do direito de greve, os dirigentes devem aplicar a mesma lei que se aplica em empresas privadas.

No parágrafo seguinte, o representante do Ministério do Planejamento pede que seja também informado se os trabalhadores cumpriram com o aviso antecipado da greve e se estão usando “métodos pacíficos” de manifestação. Depois, argumenta que o governo mantém diálogo abertos com os trabalhadores na mesa de negociação permanente.

Resta agora aos comandos locais acompanharem os desdobramentos, não permitindo que seja inaugurado o dedo-durismo por parte dos dirigentes da universidade. A ameaça de corte de ponto ou a sua efetivação, historicamente nas universidades só serviram para acirrar a luta. É esperar para ver. O governo federal insiste em mentir sobre “negociações permanentes”. Isso não é real. Negociação é quando as partes conversam e chegam a algum acordo. No caso do governo petista, a tal da mesa permanente está instalada desde Lula e nada avançou. Tudo o que os trabalhadores conquistaram foi nas greves.

A semana que vem deverá ser bem interessante.

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