As emissoras de televisão brasileiras noticiaram à exaustão o fato de o governo venezuelano ter suprimido o sinal da RCTVI, que é mesma televisão que perdeu a concessão para canal aberto em junho de 2007 por não cumprir com a lei do país. Pois esta emissora seguiu transmitindo normalmente via cabo e, igualmente, seguiu o caminho sem cumprir a lei de comunicação que existe na Venezuela.
Pela lei, as emissoras são obrigadas a transmitir 70% de programação local, o que é um tremendo estímulo à produção nacional e aos produtores independentes e comunitários. Antes desta lei, o que imperava na televisão eram os enlatados estadunidenses e mexicanos, tal qual acontece no Brasil, como bem cabia a um país de mentes colonizadas.
Mas, o que tem sido noticiado na mídia brasileira é pura ideologia. Disse William Bonner, no Jornal Nacional: “a televisão foi fechada porque se recusava a transmitir os discursos de Chávez”. Na verdade, o subterfúgio encontrado pela emissora de televisão foi colocar um “I” no seu nome, transformando-se assim em Radio Caracas Televisión Internacional. Com este “internacional” seus diretores insistem em dizer que não precisam se enquadrar às leis da Venezuela, o que é uma bobagem. A lei diz respeito a todos os veículos que emitem desde a Venezuela, logo, a emissora precisa cumprir o que ela determina.
Por outro lado, como em qualquer outro país no mundo, inclusive os Estados Unidos, quando o presidente fala em cadeia nacional todos os canais o retransmitem. Porque motivo não haveria a RVTI de fazer o mesmo? Em que esta emissora pode ser diferente das demais? Assim, para que a opinião pública não seja manipulada como acontece pela mídia comercial, é importante que se divulgue a verdade sobre o que acontece na Venezuela. A suspensão da RCTVI não tem nada a ver com censura ou falta de liberdade de expressão, mas sim com o respeito que ela deve ter – e não tem – com as leis do país.
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