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Sem-Terra e Sem-Teto juntos na luta
O Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra esteve nessa quarta-feira (11 de março) na Ocupação Marielle Franco, onde famílias sem-teto lutam por moradia. Os trabalhadores do campo foram prestar solidariedade concreta aos moradores auxiliando na construção de caminhos e também plantando árvores frutíferas e ornamentais. Eles ainda fizeram um recorrido por outras ocupações e comunidades de periferia da capital conhecendo a realidade e dialogando com os moradores.
Assim como os moradores das ocupações urbanas, os trabalhadores rurais, a maioria acampados, também lutam pelo direito à terra, seja para plantar ou morar. Por isso, o MST decidiu realizar esse encontro visando a troca de experiências para que cada grupo - urbano e rural - possa melhor compreender a situação de cada luta.
No sábado, os trabalhadores do campo juntam-se novamente aos trabalhadores urbanos e às comunidades de ocupação para a realização da Caminhada de Justiça por Marielle Franco, a vereadora carioca cujo assassinato ainda não foi devidamente desvendado.
A caminhada sai da ocupação Marielle, no alto da Caieira do Saco dos Limões, passa pela comunidade do Mont Serrat e segue pelo centro até a Catedral. Ela também lembra os 30 anos da primeira Romaria da Terra realizada em conjunto pelos Sem-Terra e os Sem-Teto na capital catarinense realizada em 1990, justamente num período no qual as ocupações urbanas estavam em ascensão.
Morar com dignidade e ter o espaço para produzir comida parece algo cada vez mais distante dentro do processo de produção capitalista. Mas, ainda assim, as gentes se movem, lutam e avançam. Sabem que não haverá transformação dentro do capitalismo, por isso discutem e constroem a possibilidade de uma outra sociedade na qual nem a casa nem a terra sejam objetos de especulação. É uma batalha dura e demorada, mas cada passo do caminho vai palmilhando a estrada para o mundo novo.
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