Quem poderia supor que da fria Alemanha sairia um pensamento
que incendiaria o mundo? Um pensar que, aparentemente, não era nada demais.
Apenas fruto do trabalho de um homem que decidiu olhar as coisas para além da
aparência. Um homem que ousou tirar o véu que cobria toda a “sujeira” produzida
pelo capitalismo nascente.
De profissão jornalista, ele aprendeu a narrar a vida das
gentes com a profundidade que só se consegue quando se contextualiza os fatos.
E, ao desvelar o martírio dos trabalhadores e dos camponeses diante do avanço
das forças que produziam o capitalismo, acabou abrindo um caminho até então não
trilhado. Enquanto os filósofos buscavam compreender o mundo, ele tratou de
oferecer as ferramentas para que toda aquela dor fosse transformada em beleza.
Seu nome: Karl Marx, ou Carlos, se fosse possível traduzir,
aproximando-o um pouco mais de nosso mundo. Nasceu num 05 de maio, do ano de
1818, em Tréveris, na antiga Prússia, terceiro filho de uma família judaica abastada,
num dia claro e cálido. Hoje somam 198 anos desde aquela especial manhã.
Sua grande obra filosófica, econômica, política e cultural
vive e reverbera até nossos dias, configurando foice e martelo, ferramentas de
trabalhador – do campo e da cidade – que, consubstanciadas em palavras, mudam o
mundo. Há quem não goste desse apaixonante Carlos, mas, é talvez porque sabem
que ele conseguiu a proeza de revelar o segredo que os graúdos, donos do
capital, insistem em manter fechado a sete chaves. Ele mostrou de que é feito
esse barco furado do capitalismo. Ele conheceu a estrutura, as vísceras, a
musculatura, o todo. Poderia ter ficado só nisso, mas não. Ele aliou suas
descobertas intelectuais com a luta dos trabalhadores, ele mesmo um de nós.
Depois de Carlos já não era mais possível viver como antes.
Descortinadas todas as maldades que gestaram e mantém o sistema capitalista,
aos trabalhadores só restou a opção de romper os grilhões. Uma luta que ainda
caminha, lenta, mas inexorável. Como diz o velho provérbio japonês: devagar,
devagar, o caramujo sobe o Monte Fuji.
Chegaremos!!! Para isso basta que cada trabalhador tire um tempinho na vida para ler o penúltimo texto do Capital, o XXIV, que trata da acumulação primitiva. Depois dessa leitura ninguém mais permanece o mesmo.
Feliz aniversário, Karl Marx. Feliz aniversário, Carlos.
Um comentário:
gracias, msaludos
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