quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Onde nossa humanidade?








Milhares de pessoas caminham em direção aos Estados Unidos. Fogem em direção ao seu verdugo. Saem de seus países destruídos pelos Estados Unidos, em guerras de tiros, guerras culturais, guerras econômicas e seguem para esse mesmo país que os destruiu. Parece um paradoxo, mas não é. Na guerra cultural a mensagem que fica é que é lá a terra das oportunidades.

Os pobres e sua infinita fragilidade. Nada têm além de seus corpos nus, como dizia o grande repórter Marcos Faerman.

A carava na migrante passa pelo México e vai encontrando no caminho o ódio, o rechaço, o preconceito. Agora está em Tijuana, uma das fronteiras mais violentas. As gentes já enfrentaram os milicos estadunidenses e o governo mexicano fala em deportar todos os que lá estão. Mas eles não querem voltar para o terror de seus países. Quanta dor pode caber num só corpo? Quantas lágrimas ainda serão derramadas até que venha a morte, sempre próxima? E nós, como podemos dormir?

No rosto dessa menina, todo o sentimento do mundo. Ah..os empobrecidos da terra, os deserdados, os desgraçados. Se um dia soubessem a força que podem ser...

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