Quem vive em Florianópolis, sabe. Andar de transporte coletivo é uma odisséia. Inúmeros horários foram cortados e as pessoas se aglomeram em ônibus lotados até a boca. Os períodos de espera no terminal central para tomar o rumo do sul ou norte, lugares mais distantes do centro, nos horários de pico, chegam a mais de 30 minutos, porque a fila é gigante e os ônibus são poucos. Depois de um dia de trabalho, as gentes ainda tem de amargar todo esse atropelo que estressa e desespero. Quem circula pelo terminal logo depois das seis horas pode observar o desânimo que toma conta das pessoas.
Não bastasse tudo isso, a prefeitura agora está anunciando para este domingo mais um aumento na passagem, que aos R$ 2,80, é uma das mais caras do Brasil. Pois a partir deste dia nove de maio, mês do trabalhador, a prefeitura oferece este “presente”: a passagem vai custar R$ 3,12, ou algo aproximado, arrochando ainda mais o bolso dos trabalhadores, que não tem outras opções para se locomover na cidade. O transporte urbano é uma bem montada rede de “parceiros” que não abrem espaço para mais nenhuma concorrência, paradoxalmente, muito distante daquilo que os empresários mesmo pregam que é o sistema capitalista competitivo.
Foi por conta de um aumento assim, desproporcionado, que em 2004 a cidade viveu a famosa Revolta da Catraca, quando a população se levantou em rebelião durante uma semana inteira de protestos. Pois agora as gentes já começam a preparar manifestações. Hoje, dia 07 de maio, ao meio dia, já está marcada uma atividade em frente ao Ticen. A cidade vai ferver.
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