Alzheimer/Velhice

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Hugo Chávez e Adelmo Genro Filho




















Com informações de Roseméri Laurindo e Agência Bolivariana de Notícias.







O comandante da revolução bolivariana Hugo Chávez era um homem que pensava o mundo de maneira crítica e seu sonho era o avanço para o socialismo. Não foi sem razão que tão logo assumiu o governo na Venezuela iniciou um trabalho de edição de livros. Ele queria que seu povo fosse leitor voraz, como bem ensinava o educador caraquenho Simón Rodríguez. E, assim, ao longo de todo o governo de Chávez (e ainda hoje), a Venezuela editou centenas de títulos importantes, entre livros de história, ciência, literatura e outros de assuntos específicos. Muitos desses livros eram simplesmente colocados à disposição, gratuitamente, ou então vendidos a preço muito baixo.

Dentre  os títulos que foram editados para que a gente venezuelana começasse a pensar o mundo criticamente está o “Segredo da Pirâmide”, do gaúcho Adelmo Genro Filho. Nesse livro ele apresenta uma teoria do jornalismo a partir da abordagem marxista e mostra como pode ser possível produzir uma notícia sem cair na lógica da ideologia e da manipulação. Narrar a partir da singularidade do fato, mas de tal maneira que o leitor possa entender a universalidade, ou seja, todo o contexto e atmosfera onde o fato se desenrola.

Na Venezuela, o livro foi editado em 2010, com o título “El secreto de la pirâmide”. O jornalista Hernán Carrera, da Agência Venezuelana de Notícias, apresentou a publicação durante a cerimônia de relançamento da AVN, no lindo teatro Tereza Carreño, afirmando:  “É um livro dos bons, dupla e triplamente bom. Mostra os relevos da geografia da realidade, os caminhos subterrâneos por onde anda a concepção dominante, as cordilheiras, as quais precisamos cruzar para fazer do jornalismo um serviço, e para colocá-lo a serviço dos povos. Cordilheiras essas que são altas, abruptas, sem dúvida, mas que também são possíveis de ultrapassar”.

O livro de Adelmo foi lançado na Venezuela justamente para que a população pudesse compreender as armadilhas do jornalismo praticado pelos grandes meios, naqueles dias (e ainda hoje) vivendo uma espécie de guerra contra o governo de Chávez. Falando sobre o trabalho do teórico brasileiro, Carrera fez questão de sinalizar que Adelmo não concebia um jornalismo de complacência , nem com o capitalismo, nem com o socialismo, nem mesmo numa sociedade sem classes. “O jornalismo, para Genro é algo que precisa ser incômodo e o jornalista, um incomodador por ofício”.

O companheiro venezuelano entendeu a mensagem e os que seguimos as pegadas de Adelmo fortalecemos nossa compreensão sobre como deve ser praticado o jornalismo.


Adelmo vive! Está na prática mesma desse ofício tão apaixonante que é narrar a realidade na sua totalidade!


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