Alzheimer/Velhice

domingo, 25 de dezembro de 2011

Diana e seus pincéis











A artista plástica Diana Román Durante, nascida na Espanha, mas transformada em campechiana pela vivência orgânica nesse bairro do sul da ilha, veio ao Brasil para um simples semestre na faculdade de cinema. Mas, com o passar dos dias, foi se encantando pela vida local, pelas lutas das gentes e, quando viu, estava envolvida até a medula nas batalhas pelo ambiente, pela mobilidade e o plano diretor. Um pouco mais e outras partes da América Latina também foram lhe tomando a alma. Foi a Cuba e trouxe de lá as cores, a alegria e a belezas daquele povo. Tudo isso virou imagem nas telas. E os quadros viraram exposição. Já mostrou seu trabalho na galeria do Rita Maria e em alguns bares na Lagoa.

No mês de dezembro foi chamada para uma tarefa de solidariedade. Dar vida a uma parede no Centro de Formação Olga Benário, em Catanduvas, oeste do estado de Santa Catarina. E lá se foi ela com suas tintas e pincéis. Durante uma semana constituiu com os integrantes do assentamento 25 de julho uma obra coletiva. E a parede carcomida e pálida virou um lindo mural.

Das mãos de todo mundo brotaram os sonhos de vida boa, milhos, girassóis e a figura bonita de Olga, a mulher que veio de longe para amar e lutar com os trabalhadores. Coordenados por Diana, cada um imprimiu sua marca e se fez artista, dentro desse espírito que anima o MST. Coisa feitas em comunhão.

Ao final, o Centro de Formação ficou mais bonito, colorido, alegre, bem como Diana ficou ainda mais impregnada da vida das gentes. E é, assim, com pequenas pinceladas de solidariedade, que o mundo vai ficando melhor.

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