Lino, comprometido com a vida popular |
Mais uma vez vamos definir os destinos da cidade de Florianópolis numa eleição. E, desde o mandato popular de Sergio Grando/Afrânio Boppré temos colecionado desastres. Um após o outro, prefeita e prefeitos governaram unicamente para os ricos. Nada para a maioria. Periferia abandonada, transporte público de péssima qualidade, mobilidade urbana zero, nada de saneamento, nada de moradia popular, segurança péssima e propostas faraônicas completamente fora da realidade de uma cidade que é também ilha. As vias são para os carros e nunca se pensou uma solução coletiva, para as gentes. Nada de vias exclusivas para ônibus, nada de transporte marítimo, nada de turismo comunitário. Só propostas predadoras, destruidoras da natureza e das pessoas.
Agora, esse ano, lá vamos nós de novo. Os mesmos candidatos “produzidos” pelo sistema predador, facilitador da vida dos ricos. E, entre os partidos de esquerda, pelo menos para mim não apareceu nenhum nome que seja capaz de encarnar os bons desejos que temos para a cidade.
Da minha parte, ainda que seu nome não tenha sido aventado, tenho um candidato. Nele, penso eu, estão amalgamados todos os anseios da maioria dos trabalhadores e trabalhadoras que amargam viver numa cidade linda, mas que não se apresenta para eles e elas como possibilidade de fruição. A cidade, para nós, é só um lugar onde circulamos da casa, na periferia, para o trabalho, em algum outro lugar bem distante. E, nesse transitar passamos de duas a três horas dentro dos ônibus ou dos terminais, apesar das distâncias serem pequenas. Uma cidade que não vivemos nem nos finais de semana, porque nesses dias os ônibus escasseiam e podem-se levar horas para chegar a algum lugar de apenas 20 quilômetros de lonjura.
Meu candidato é Lino Peres, que atualmente é vereador na sua segunda legislatura. Lino é professor na Arquitetura e uma de suas aulas, desde há décadas, é andar pela cidade. Com os alunos ele vai circulando pelas ruas e ladeiras, ensinando como a cidade foi se construindo amparada na ganância da classe dominante. Ele conhece cada cantinho, cada problema estrutural, cada viela. Como vereador seu trajeto é feito nas periferias, nas ocupações, nas quebradas aonde ninguém vai. Ele não tem manhã, nem tarde, nem noite, nem fim de semana, o tempo todo caminhando, conhecendo e construindo coletivamente alternativas possíveis dentro do horror que é ser governado por um mandatário e uma maioria de vereadores que só pensam em defender os interesses de pequenos grupos. Nada para a maioria. Nada para os empobrecidos. Com o Lino é diferente.
No mandato do Lino se expressam as vozes dos índios, dos negros, dos santeiros, dos comunicadores populares, dos motoristas, dos trabalhadores formais e informais. Não há barreiras no seu atarefado gabinete. A gente chega a qualquer hora e é atendido. A equipe é pequena, mas valente, desdobrando-se em mil.
Conheço o Lino desde muito antes de ele pensar em ser vereador, quando apenas vivia sua experiência de professor na UFSC. E o Lino é o mesmo de sempre. Sorridente, simples, quase ingênuo na sua vocação para o cuidado com a cidade e com as pessoas. Porque a bondade e o cuidado às vezes são vistos como fraqueza. Lino não é fraco, não. Ele é bom. E ele é bom nos dois sentidos, no sentido pessoal, da bondade humana, e no profissional, na qualidade técnica. Por isso o Lino é perfeito para ser o nosso candidato. Ele olha pra cidade com amor. Ele escuta as pessoas com amor. E ele sabe o que fazer com isso. Não é o amor sentimento, piegas. É o amor compromisso. Aquele que se envolve até a medula. E que tem consequência prática.
Eu não sou do PT, nem me arvoro a dar conselhos aos seus membros, mas penso que esse partido deveria finalmente olhar para o Lino com o mesmo amor com o qual ele tem servido a essa proposta. Um homem que se entrega tão profundamente em tudo que faz. Um homem que faz a diferença. Espero firmemente que seu nome apareça. Que seja candidato a mudar essa cidade.
Com o Lino e sua equipe de gigantes, eu vou.
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