Irineu nasceu na pequena localidade de Santa Tereza, em São Pedro de Alcântara, o quarto filho de uma lista de oito. Desde pequenino já era determinado. Quando todos saiam para a roça, junto com o pai, ele ia, mas levava o livro e, se dava uma folga, lá estava ele, agarrado às letras. Queria estudar. No primário foi dedicado, e quando chegou a hora de ir para o ginásio, o sonho se desfez. Não havia escola em Santa Tereza. Teria de ir para São Pedro, era longe, não tinha ônibus. Mas, o pequeno Irineu não iria deixar que um detalhe do destino atrapalhasse o caminho. Pediu um porco ao pai, fez uma rifa e com o dinheiro comprou uma bicicleta, com a qual realizava a longa e exaustiva travessia da sua casa até o ginásio. Foi o primeiro dos filhos a se formar.
Terminado o ginásio, os olhos de Irineu voltaram-se para a capital. Haveria de fazer o segundo grau, mas ainda não sabia como. O pai ganhava a vida arando uma terrinha, trabalhando na horta da Colônia Santa Tereza e fazendo bicos de pedreiro, não tinha como sustentar o guri em Florianópolis. Mas, o acaso deu as cartas. Numa dessas festas de igreja, quando lá estava o pequenino a tocar violão, conheceu uma senhora que era dona de uma pensão na capital, bem atrás da Escola Técnica. Fizeram um acordo. Ele morava na pensão e o pai abasteceria a casa com verduras e legumes. Estava feito. Poucas semanas depois Irineu fazia o exame de admissão e entrava na Escola Técnica. Tinha 14 anos e já assumia a dura tarefa de sustentar-se a si mesmo. Durante semanas ele percorreu os escritórios da Felipe Schmidt, até que conseguiu um emprego de contínuo. Tinha 18 anos e a cabeça cheia de sonhos quando viu o anúncio do concurso para a UFSC. Era o que ia fazer. Inscreveu-se, prestou a prova e foi classificado em quinto lugar. Desde aí nasceu esse caso de amor com a Universidade Federal. Era o ano de 1974, a universidade começava a crescer e Irineu foi crescendo com ela. Já no primeiro ano assumiu a chefia da seção de matrícula e foi tomando gosto pela administração. Mais tarde passou pelo cargo de Diretor de Registro Escolar no DAE/UFSC até chegar a Diretor de Administração Escolar, cargo no qual ficou até 1996. Depois, foi assessor de Administração Acadêmica da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação e Diretor de Recursos Humanos da UFSC de 1997 a 2004. Na área acadêmica coordenou o Curso de Especialização em Gestão Universitária da Universidade Federal de Santa Catarina. Como Integrante da Comissão de Políticas de Recursos Humanos da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, aprofundou ainda mais o seu saber sobre o funcionamento da máquina universidade. Irineu também atuou de forma muito significativa na Estatuinte da UFSC e foi ali que assomou a ideia de um dia ser reitor da universidade. “Eu pude conhecer cada problema, entender cada detalhe, ver a universidade como uma totalidade. Então eu soube que poderia também ser capaz de, com a comunidade universitária, propor soluções para os problemas que tínhamos”. Naqueles dias ele já havia se formado em Administração, carreira que escolheu por ter se apaixonado pelo trabalho que realizava. “Lembro que no começo eu sonhava em ser engenheiro, mas depois que entrei para a UFSC, fui gostando do meu trabalho e Administração foi o caminho natural”. Dedicação e seriedade sempre foram as marcas de Irineu. E justamente por isso que foi eleito, com a maior votação, pelos dirigentes das Instituições Federais de Ensino para a Comissão Nacional de Recursos Humanos de todas as IFES, sendo ainda reeleito e assumindo a vice-presidência da comissão. Ninguém nunca duvidou que ele fosse quem mais tinha conhecimento sobre esse tema. Ao longo de sua trajetória como técnico-administrativo Irineu recebeu várias distinções honrosas, com destaque para o Prêmio Hélio Beltrão - Inovações na Gestão Pública, promovido pela Escola Nacional de Administração Pública, em 2001. O prêmio foi pela criação do Programa de Pós-graduação em Gestão Universitária - PROGEU, lato sensu, dirigido aos servidores técnico-administrativos e docentes da UFSC, que formou 148 especialistas em gestão universitária. Essa ideia foi o marco inicial para criação do mestrado em administração universitária, hoje consolidado. Irineu fez uma linda carreira como técnico-administrativo da UFSC, mas aquele gurizinho que levava os livros para a roça lá em Santa Tereza ainda tinha mais sonhos na manga. Queria ser professor e também reitor da UFSC. Tratou de ir em frente. Fez concurso para docente em Administração e passou. Nem bem chegou e foi eleito para o Colegiado do Curso. Já atuando como docente publicou diversos artigos científicos, bem como colaborou com capítulos de livros em obras organizadas nas áreas de gestão universitária, gestão de pessoas, gestão pública e gestão do conhecimento. Publicou em co-autoria os seguintes livros: Gestão do conhecimento para a tomada de decisão; Prospecção de Cenários; e Processo Decisório. Tudo girando em torno da administração da universidade. Esse é seu chão e seu céu. O garoto mirradinho, que andava pela vila de Santa Tereza agarrado no seu violão, cresceu e hoje é Doutor em Gestão do Conhecimento pela Universidade Federal de Santa Catarina. Já disputou duas vezes o cargo de reitor e conquistou expressiva votação, sempre mantendo firme seu rumo na defesa de uma universidade que ultrapasse os limites dessa instituição que aí está. Uma universidade que avance na democracia, na transparência e na garantia de permanência dos estudantes. Foi com esses desafios que ele disputou o cargo de Diretor de Centro no Centro Socioeconômico, e venceu. Tão logo iniciou a caminhada, junto com a professora Denise como vice, já mostrou a que veio, inaugurando novas dinâmicas. Liberou a transmissão das reuniões do Colegiado do Centro, aumentou o número de técnicos-administrativos, mantém aberto o seu gabinete, circula pelos setores do Centro, torna transparente sua administração. Pois, agora, as reviravoltas da vida colocam Irineu outra vez diante da possibilidade de chegar à reitoria. Trabalhadores (técnicos e professores) e estudantes, em reuniões abertas, o convocaram para que assuma a candidatura. Ele aceitou. Irineu está pronto para mais essa batalha. Dos nomes que se apresentam ele é, sem dúvida, o mais preparado, o cara necessário para atravessar a tormenta que vive a UFSC. Competente, humano, observador, seguro, simples, democrático, Irineu é meu candidato. Ele acompanha a vida da UFSC, ele está nas lutas, ele defende o HU, ele tem amor pela UFSC, ele está pronto para assumir os destinos da universidade. Eu o felicito por essa bela trajetória de vida e deposito nele minha confiança. Convoco cada colega e cada estudante a se juntar à campanha. Essa é nossa hora histórica. Estamos perto de chegar à construção da universidade necessária, como dizia Darcy Ribeiro. Aquela universidade vinculada aos interesses nacionais, transparente, com participação real das categorias em todas as instâncias. Dessa vez não podemos falhar.
Terminado o ginásio, os olhos de Irineu voltaram-se para a capital. Haveria de fazer o segundo grau, mas ainda não sabia como. O pai ganhava a vida arando uma terrinha, trabalhando na horta da Colônia Santa Tereza e fazendo bicos de pedreiro, não tinha como sustentar o guri em Florianópolis. Mas, o acaso deu as cartas. Numa dessas festas de igreja, quando lá estava o pequenino a tocar violão, conheceu uma senhora que era dona de uma pensão na capital, bem atrás da Escola Técnica. Fizeram um acordo. Ele morava na pensão e o pai abasteceria a casa com verduras e legumes. Estava feito. Poucas semanas depois Irineu fazia o exame de admissão e entrava na Escola Técnica. Tinha 14 anos e já assumia a dura tarefa de sustentar-se a si mesmo. Durante semanas ele percorreu os escritórios da Felipe Schmidt, até que conseguiu um emprego de contínuo. Tinha 18 anos e a cabeça cheia de sonhos quando viu o anúncio do concurso para a UFSC. Era o que ia fazer. Inscreveu-se, prestou a prova e foi classificado em quinto lugar. Desde aí nasceu esse caso de amor com a Universidade Federal. Era o ano de 1974, a universidade começava a crescer e Irineu foi crescendo com ela. Já no primeiro ano assumiu a chefia da seção de matrícula e foi tomando gosto pela administração. Mais tarde passou pelo cargo de Diretor de Registro Escolar no DAE/UFSC até chegar a Diretor de Administração Escolar, cargo no qual ficou até 1996. Depois, foi assessor de Administração Acadêmica da Pró-Reitoria de Ensino de Graduação e Diretor de Recursos Humanos da UFSC de 1997 a 2004. Na área acadêmica coordenou o Curso de Especialização em Gestão Universitária da Universidade Federal de Santa Catarina. Como Integrante da Comissão de Políticas de Recursos Humanos da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, aprofundou ainda mais o seu saber sobre o funcionamento da máquina universidade. Irineu também atuou de forma muito significativa na Estatuinte da UFSC e foi ali que assomou a ideia de um dia ser reitor da universidade. “Eu pude conhecer cada problema, entender cada detalhe, ver a universidade como uma totalidade. Então eu soube que poderia também ser capaz de, com a comunidade universitária, propor soluções para os problemas que tínhamos”. Naqueles dias ele já havia se formado em Administração, carreira que escolheu por ter se apaixonado pelo trabalho que realizava. “Lembro que no começo eu sonhava em ser engenheiro, mas depois que entrei para a UFSC, fui gostando do meu trabalho e Administração foi o caminho natural”. Dedicação e seriedade sempre foram as marcas de Irineu. E justamente por isso que foi eleito, com a maior votação, pelos dirigentes das Instituições Federais de Ensino para a Comissão Nacional de Recursos Humanos de todas as IFES, sendo ainda reeleito e assumindo a vice-presidência da comissão. Ninguém nunca duvidou que ele fosse quem mais tinha conhecimento sobre esse tema. Ao longo de sua trajetória como técnico-administrativo Irineu recebeu várias distinções honrosas, com destaque para o Prêmio Hélio Beltrão - Inovações na Gestão Pública, promovido pela Escola Nacional de Administração Pública, em 2001. O prêmio foi pela criação do Programa de Pós-graduação em Gestão Universitária - PROGEU, lato sensu, dirigido aos servidores técnico-administrativos e docentes da UFSC, que formou 148 especialistas em gestão universitária. Essa ideia foi o marco inicial para criação do mestrado em administração universitária, hoje consolidado. Irineu fez uma linda carreira como técnico-administrativo da UFSC, mas aquele gurizinho que levava os livros para a roça lá em Santa Tereza ainda tinha mais sonhos na manga. Queria ser professor e também reitor da UFSC. Tratou de ir em frente. Fez concurso para docente em Administração e passou. Nem bem chegou e foi eleito para o Colegiado do Curso. Já atuando como docente publicou diversos artigos científicos, bem como colaborou com capítulos de livros em obras organizadas nas áreas de gestão universitária, gestão de pessoas, gestão pública e gestão do conhecimento. Publicou em co-autoria os seguintes livros: Gestão do conhecimento para a tomada de decisão; Prospecção de Cenários; e Processo Decisório. Tudo girando em torno da administração da universidade. Esse é seu chão e seu céu. O garoto mirradinho, que andava pela vila de Santa Tereza agarrado no seu violão, cresceu e hoje é Doutor em Gestão do Conhecimento pela Universidade Federal de Santa Catarina. Já disputou duas vezes o cargo de reitor e conquistou expressiva votação, sempre mantendo firme seu rumo na defesa de uma universidade que ultrapasse os limites dessa instituição que aí está. Uma universidade que avance na democracia, na transparência e na garantia de permanência dos estudantes. Foi com esses desafios que ele disputou o cargo de Diretor de Centro no Centro Socioeconômico, e venceu. Tão logo iniciou a caminhada, junto com a professora Denise como vice, já mostrou a que veio, inaugurando novas dinâmicas. Liberou a transmissão das reuniões do Colegiado do Centro, aumentou o número de técnicos-administrativos, mantém aberto o seu gabinete, circula pelos setores do Centro, torna transparente sua administração. Pois, agora, as reviravoltas da vida colocam Irineu outra vez diante da possibilidade de chegar à reitoria. Trabalhadores (técnicos e professores) e estudantes, em reuniões abertas, o convocaram para que assuma a candidatura. Ele aceitou. Irineu está pronto para mais essa batalha. Dos nomes que se apresentam ele é, sem dúvida, o mais preparado, o cara necessário para atravessar a tormenta que vive a UFSC. Competente, humano, observador, seguro, simples, democrático, Irineu é meu candidato. Ele acompanha a vida da UFSC, ele está nas lutas, ele defende o HU, ele tem amor pela UFSC, ele está pronto para assumir os destinos da universidade. Eu o felicito por essa bela trajetória de vida e deposito nele minha confiança. Convoco cada colega e cada estudante a se juntar à campanha. Essa é nossa hora histórica. Estamos perto de chegar à construção da universidade necessária, como dizia Darcy Ribeiro. Aquela universidade vinculada aos interesses nacionais, transparente, com participação real das categorias em todas as instâncias. Dessa vez não podemos falhar.
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