ANAUÊ, filme documentário de
longa metragem, revê os tempos do Integralismo e Nazismo na região de Blumenau
em Santa Catarina. Com depoimentos de populares da região de Blumenau,
historiadores, filósofos e sociólogos, o filme ao tratar da história passada
visita enfaticamente o momento atual no Brasil e no mundo. São vários depoimentos intercalados com
imagens e filmes de arquivo cuja narrativa em primeira pessoa, Édio Nunes faz a
voz do diretor, conduz o espectador a este polêmico tema. Fragmentos dos
discursos de Getúlio Vargas e de uma entrevista de Nereu Ramos são reproduzidos
nas vozes de Gringo Starr e Roberto Lacerda,respectivamente. O material de arquivo fonográfico em ANAUÊ é
riquíssimo com sonoridade da época.
Zeca Pires há anos vem
trabalhando na pesquisa deste documentário e o projeto há alguns anos atrás
passou pela consultoria de Eduardo Coutinho. O cineasta considera que este
documentário, sobre o Integralismo e Nazismo na Região de Blumenau, trás à luz
uma discussão que não pode e deve ficar sem provocação e considera o pouco
encontrado na historiografia oficial .
O filme foi realizado como a
verba do prêmio Edital Cinema da Fundação Catarinense de Cultura
edição 2013/2014 (prêmio de R$ 120 mil). Zeca e sua equipe viajaram às cidades
do Vale do Itajaí e Itapocu resgatando depoimentos e mapeando acervo
fotográfico, fílmico e fonográfico. Portanto o filme também se caracteriza por
esta memória.
O filme tem em sua equipe, profissionais
experientes como Giba Assis Brasil, que montou o junto com Jonatas Rupert,
assessoria de filosofia da Dra. Maria de Lourdes Borges e também profissionais
estreantes citando o diretor de fotografia Adenor Gouvea Filho, e o animador
Érico Monteiro, reunião que o cineasta
considera de imensa riqueza de diálogo entre gerações.