Alzheimer/Velhice
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segunda-feira, 18 de dezembro de 2017
Papai Noel vermelho
Lá vamos nós viver mais um natal, tempo em que o sagrado perde espaço para o consumo. Mais vale ter um presente que um abraço. Mais valem as coisas que as gentes. Mais vale a ideia de um velhinho distribuindo mercadorias do que o menino Jesus, ideia mítica de amor e doçura.
No Brasil, há poucos dias, crianças jogaram pedra num Papai Noel, porque as balas que ele distribuía se acabaram. Ou seja, foda-se o velhinho, queremos os presentes. E, claro, a responsabilidade por isso não é das crianças, ensinadas que são a valorizar mais a mercadoria do que o esforço dos trabalhadores que a tornou possível.
O capitalismo nos rouba muito mais do que a mais-valia. Ele nos tira também a delicadeza do humano. Por isso, há que resistir. A luta para destruir esse sistema de produção é o único “presente” possível. Por isso, meu Papai Noel é esse que enfrenta a polícia, que exige justiça, que batalha pelo mundo novo, solidário e comunista. O Santa Klaus, original, caminhava com os empobrecidos para mudar as coisas, não para mantê-las, tal qual Jesus. E é com esse propósito que também caminhamos. Não para distribuir presentes (coisas, mercadorias). Mas, para garantir um presente digno e um futuro melhor. À luta, pois!!!!
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