Meu amigo Nildo tem uma expressão que ele aprendeu no México
que é “ningunear”. Significa tu não dar importância àqueles que estão contigo,
por perto. Ningunear, tornar ninguém. Isso é muito comum entre a gente.
Geralmente tecemos loas para pessoas que estão distantes, famosas, midiáticas,
enquanto temos ao nosso lado criaturas igualmente valorosas. Por isso tenho
como prática viver homenageando as pessoas que estão perto de mim. Pessoas que
amo, respeito e admiro.
E das coisas bonitas que já vivi nessa minha larga vida
de jornalista, guardo sempre com mais carinho as homenagens dos “meus”. Hoje,
limpando o altar dos meus afetos, deparei-me com esse singelo regalo: o “Prêmio
Volodia Teitelboim” que recebi dos meus amigos queridos do Portal Desacato, num
dos primeiros Cafés Anti-coloniais promovidos por eles. Uma adorável caixinha
de madeira com um pequeno pergaminho dentro. Uma pequena preciosidade. Ah, mas
aí não vale. São teus amigos. Sim, são meus amigos, e por isso vale tanto.
Porque eles me conhecem e, mesmo estando tão perto, me reconhecem. É bom ser
homenageada por aqueles a quem amamos.
Esses amigos queridos já ultrapassam uma
década com essa proposta bonita do Desacato. Eu também os reconheço e agradeço
todos os dias pelo valoroso trabalho que desenvolvem junto aos trabalhadores e
trabalhadoras. Viva o Desacato, vivam todos esses companheiros e companheiras –
velhos e novos – que fazem o jornalismo florescer!
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