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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
Girafas em risco, humanos também,...
A exploração do planeta promovida pelo sistema capitalista de produção não tem freio. É como uma praga que tudo devasta. E a cada dia novas notícias sobre extinção desta ou aquela espécie mostra o quanto o planeta está em desequilíbrio.
Na semana passada membros da comunidade científica alertaram que é a vez de as girafas - esses lindos seres gigantes - entrarem em risco de extinção. Segundo notícia divulgada no sítio Democracy Now, as girafas já diminuíram quase 40% nos últimos 30 anos. Quem denuncia é a União Internacional para a Conservação da Natureza, a qual insiste que a girafas enfrentam uma extinção silenciosa.
A mesma instituição confirma que a diminuição do número de girafas é parte de uma extinção massiva global em curso que poderá fazer desaparecer até dois terços da fauna selvagem do planeta antes mesmo que chegue o ano de 2020.
O ser humano (ou uma pequena parte da raça), na sua insaciável fome de dinheiro levará o mundo ao colapso. Sem habitats capazes de garantir comida e vida plena, os animais vão sumindo. Infelizmente, o homem, ao que parece, será o último a desaparecer. Antes, colapsará o planeta.
É justamente por isso que o movimento indígena que hoje se levanta em toda a América Latina, mas também em outras partes do mundo, é talvez o único espaço de compreensão sobre o que se passa com o planeta. Os indígenas reivindicam o equilíbrio na relação humano/natureza e nos dias atuais são os que mais batalham contra o processo desenfreado de destruição.
Não é sem razão que são as comunidades indígenas e tradicionais as que travam as lutas mais duras com o agronegócio e a mineração, os dois mais lesivos modos de uso da terra na atualidade.
Por isso que a luta na defesa dos animais tem de passar, necessariamente, pela compreensão de que é o sistema capitalista de produção o responsável por toda essa destruição. Sem um ataque frontal a ele, de nada valerão os gritos de "salvem as girafas". Elas só poderão se salvar se todos lutarmos juntos contra essa forma de produzir mercadorias que põe em risco toda a vida.
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