Alzheimer/Velhice

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Re-puta madre, se me fue la Gina




Escapam-me as palavras, desaloja-me a alma, emudeço. Num dia tão triste para o Brasil, Gina achou de encantar. A gigante da banda oriental, mulher única, artiguista, comunista, lutadora das causas justas, meu exemplo de vida. Agora, no calor da perda, só me vem a batida forte do coração, a lágrima, o sentimento de orfandade. Tudo aqui fica triste. Todas as homenagens que ela merecia eu as fiz quando por esse mundo andava. Todos os beijos, todos os afagos, todos os carinhos, todas as risadas, as cachaças, os vinhos, as palavras de amor, tudo foi vivido. E hoje, às 15h, quando prestarem a homenagem final, eu plantarei uma flor, porque Gina sempre será vida. Agradeço por ter compartilhado com ela boa parte da existência. Eterna, ela está grudada em mim. E seguiremos, pelos caminhos da América, até que chegue a minha hora. 

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