A rua onde moro é sempre cheia de surpreendente ternura.
Nela ainda passeiam, sem medo, as galinhas caipiras e os cachorros. Vez ou outra passa o
cavalo, carregado de meninos. Por toda a sua extensão também é possível afundar
o pé na areia. Não há lajotas, nem asfalto. Mesmo nos dias frios, de chuva miúda,
os meninos acorrem ao portão buscando fios para a pandorga e pedaços de pano
para a rabiola. Depois, saem correndo, pés descalços, empinando a pipa, cheios
de infância e gratidão pela vida. A rua onde moro fica num cantinho do
Campeche, esse bairro, ainda jardim, onde a gente tem puro prazer de viver.
Alzheimer/Velhice
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sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Encontro de Jornalistas, mais uma vez, amordaçado
Por Mario Sousa - Diretor do SJRJ
A atual direção da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), com a realização do XIX Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Imprensa, no Rio, mais uma vez, perdeu a oportunidade de fazer um encontro para debater com seriedade os problemas que afetam os jornalistas em Assessoria de Imprensa no País, como a precarização da profissão, a pluralidade das questões regionais e a diversidade do pensamento na Comunicação.
Dessa vez, a Fenaj se superou. Além de acabar com os grupos temáticos de debate, organizou mesas meramente expositivas, e, como em todos os últimos encontros, predominou a imposição das teses guias e o controle imperativo do presidente da Fenaj.
O encontro foi burocrático, engessado, sem o calor do debate, sem diálogo, sem o contraditório, sem a manifestação livre e democrática das idéias. E, pasmem, o presidente da Fenaj, Celso Scroder, agrediu grosseiramente o jornalista Cláudio Monteiro, chamando-o de moleque, pelo simples fato dele cobrar os 50% de abatimento para os aposentados nas inscrições do Enjai, proposta aprovada no Congresso do Acre.
Na plenária das apresentações das teses, prevaleceu a decisão ditatorial e qualquer tentativa de questionamento, era desqualificado pelo grupo da Fenaj.
Teses sobre Meio Ambiente, Violência contra os jornalistas, Fim das teses guias assim, apresentadas pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, assim como uma tese sobre a precarização das condições de trabalho, apresentada pelo Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, foram consideradas fora do contexto e transferidas para o Congresso Nacional de Jornalistas, em Alagoas.
O mais lamentável é a submissão da maioria dos delegados dos sindicatos regionais de todo o Brasil. Ser aliado não pressupõe a perda total de identidade e do pensamento discordante.
Como este modelo de Encontro, é melhor a Fenaj transformá-lo apenas num passeio turístico e repassar para os delegados e observadores suas propostas e teses já aprovadas.
É mais honesto, mas nem por isso, também, repudiável!
Mário Sousa é Diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro e Delegado Junto a Fenaj. Participou do Encontro como delegado do Sindicato do Estado do Rio.
A atual direção da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), com a realização do XIX Encontro Nacional de Jornalistas em Assessoria de Imprensa, no Rio, mais uma vez, perdeu a oportunidade de fazer um encontro para debater com seriedade os problemas que afetam os jornalistas em Assessoria de Imprensa no País, como a precarização da profissão, a pluralidade das questões regionais e a diversidade do pensamento na Comunicação.
Dessa vez, a Fenaj se superou. Além de acabar com os grupos temáticos de debate, organizou mesas meramente expositivas, e, como em todos os últimos encontros, predominou a imposição das teses guias e o controle imperativo do presidente da Fenaj.
O encontro foi burocrático, engessado, sem o calor do debate, sem diálogo, sem o contraditório, sem a manifestação livre e democrática das idéias. E, pasmem, o presidente da Fenaj, Celso Scroder, agrediu grosseiramente o jornalista Cláudio Monteiro, chamando-o de moleque, pelo simples fato dele cobrar os 50% de abatimento para os aposentados nas inscrições do Enjai, proposta aprovada no Congresso do Acre.
Na plenária das apresentações das teses, prevaleceu a decisão ditatorial e qualquer tentativa de questionamento, era desqualificado pelo grupo da Fenaj.
Teses sobre Meio Ambiente, Violência contra os jornalistas, Fim das teses guias assim, apresentadas pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, assim como uma tese sobre a precarização das condições de trabalho, apresentada pelo Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, foram consideradas fora do contexto e transferidas para o Congresso Nacional de Jornalistas, em Alagoas.
O mais lamentável é a submissão da maioria dos delegados dos sindicatos regionais de todo o Brasil. Ser aliado não pressupõe a perda total de identidade e do pensamento discordante.
Como este modelo de Encontro, é melhor a Fenaj transformá-lo apenas num passeio turístico e repassar para os delegados e observadores suas propostas e teses já aprovadas.
É mais honesto, mas nem por isso, também, repudiável!
Mário Sousa é Diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro e Delegado Junto a Fenaj. Participou do Encontro como delegado do Sindicato do Estado do Rio.