A rua onde moro é sempre cheia de surpreendente ternura.
Nela ainda passeiam, sem medo, as galinhas caipiras e os cachorros. Vez ou outra passa o
cavalo, carregado de meninos. Por toda a sua extensão também é possível afundar
o pé na areia. Não há lajotas, nem asfalto. Mesmo nos dias frios, de chuva miúda,
os meninos acorrem ao portão buscando fios para a pandorga e pedaços de pano
para a rabiola. Depois, saem correndo, pés descalços, empinando a pipa, cheios
de infância e gratidão pela vida. A rua onde moro fica num cantinho do
Campeche, esse bairro, ainda jardim, onde a gente tem puro prazer de viver.
Abençoadas são as pessoas que amam o lugar onde vivem.
ResponderExcluirÉ a gratidão à vida.
E a Deus!