Alzheimer/Velhice

quarta-feira, 13 de março de 2013

Contos da Severiana...



Uma revista de jornalismo independente não é coisa fácil de se fazer. É o que vivemos na Pobres e Nojentas. Bancamos as edições, oferecemos nosso trabalho, sangue e suor. Ainda assim, vamos aos trancos. O bonito é que temos uma pequena equipe, de gente brava, lutadora, sonhadora, romântica, amorosa e, principalmente, comprometida com a construção de outra sociedade. Uma dessas criaturas especiais é o Eduardo Schmitz, artista gráfico, chargista, desenhista, guri afeito a olhar as coisas com olhos de ternura.

Pois ele encontrou, lá na cidade dele, Taió, uma mulher, de 89 anos, que gosta de contar histórias, muitas delas coloridas com aquilo que alguns chamam de "realismo fantástico", mas que, na verdade, são típicas da realidade desses nossos pagos. Logo ao conhecê-la já propôs que a Pobres contasse sua história, cheia de peripécias. E foi o que fizemos. Severiana Rossi Correia foi capa da Pobres número 9, tendo grande repercussão na região onde vive. Ela sempre foi conhecida pelos "causos" que conta, mas nunca sonhou em vê-los editados num livro. Só que Eduardo sonhou! Ele ficou tão encantado que começou a buscar formas de eternizar toda aquela riqueza narrativa.

Assim, depois de muitas peripécias, com a ajuda de toda a equipe da Pobres, aí está o livro: Contos da Seve, o primeiro dessa contadora de histórias já quase nos 90 anos. A capa, feita por Eduardo, retrata bem o que ela é. Uma feiticeira das palavras, capaz de  encantar bichos e gentes. Dentro do livros estão as histórias compiladas por Eduardo, agora disponíveis para qualquer um e não somente para os privilegiados familiares, amigos e vizinhos.

No dia 20 de março, justamente no dia do contador de histórias, as Pobres e Nojentas realizam o lançamento do livro. Será às 19 horas,  na sede da Fundação Franklin Cascaes (Forte Santa Bárbara , rua Antônio Luz, 260, no antigo terminal central, quase esquina com a avenida Hercílio Luz).

Para esse momento bonito nós convidamos vocês, que sempre estiveram apoiando a luta da revista para se manter. Nossa batalha continua, em vários formatos. E esse, concretizado por Eduardo  Schmitz, é mais um meio de divulgação da história das gentes, das pessoas simples, que nunca são chamadas para uma entrevista no jornal. Essas pessoas incríveis que pululam em todos os cantões e estradas de terra desse nosso país. Nós as buscamos e lhes oferecemos o espaço para se expressar. O resultado é pura beleza!

A atividade é simples, ao estilo Pobres. Um vinhosinho,  a grande contadora de história Aline Razzera Maciel contando um causo da Seve, uma boa conversa e mais um livro.

Venha partilhar conosco dessa alegria.

Um comentário: