Alzheimer/Velhice

domingo, 20 de março de 2011

O que aplaudem os néscios?

Obama discursou no Municipal, esbanjou simpatia, falou português, contou histórias e discorreu sobre como Brasil e Estados Unidos podem estar juntos, fazendo negócios no mesmo patamar. "Somos duas grandes nações", disse. A cada frase, os que lotavam as galerias aplaudiam loucamente. A cada sorriso, novas palmas. Uma espécie de êxtase diante do rei. Enquanto isso, lá na Líbia, casas eram bombardeadas, assim como tem sido há sete anos no Iraque. O riso de Obama, sua adorável simpatia é só a conversa fiada do leão que tenta convencer o cordeiro de que mudou seus hábitos alimentares.
No primeiro momento de descuido, ele dá o bote. E lá se vai nosso petróleo, nossa biodiversidade, nossas riquezas minerais. José Martí já dizia há tantos anos atrás que é impossível confiar no império. Só os néscios, os bobos ou os patifes mal-intencionados podem crer em conversas no mesmo nível. Os Estados Unidos, desde o roubo do México, tem a mania de pegar à força tudo o que considera bom para si. Para isso usa a mentira deslavada, como fez no Iraque e segue fazendo. A democracia que quer para o mundo é a sua tutela.
Causou-me profunda vergonha ver aquela gente a aplaudir apaixonamente aquele que é verdugo de incontáveis famílias pelo mundo afora, e inclusive aqui no nosso país.
Ainda bem que há quem se manifeste contra isso. Foi assim no Rio, hoje, quando aqueles que não se curvam foram às ruas, protestar e exigir liberdade para aqueles que, como eles, também se recusam a lamber as botas de assassinos.


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