Alzheimer/Velhice

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Jornalismo desonesto

Vale a pena ler o texto do jornalista Gustavo Barreto, publicado no Consciência Net. Uma visão certeira do jornalismo e o caso da violência no Rio de Janeiro.




terça-feira, 23 de novembro de 2010

Importante esclarecimento

Vice-presidente da Casa da Criança ligou para informar que o agressor da noite de violência na UFSC não é mais professor da ONG, que realiza importante trabalho com crianças de comunidades empobrecidas. Ele ali cumpriu tarefas no ano de 2006 como professor de educação física e, segundo o vice-presidente, fez um belo trabalho com as crianças. Pena que tenha protagonizado as tristes cenas no campus. De qualquer forma, a Casa da Criança está atenta e sente-se entristecida de se ver envolvida neste episódio. As informações trazidas por este blog foram fornecidas pelos estudantes envolvidos que pegaram os nomes no boletim de ocorrência.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Quem é teu advogado?


A impunidade no Brasil para aqueles que têm dinheiro e podem pagar bons advogados está tornando a violência gratuita uma coisa bastante comum entre os jovens da classe média alta. Os casos de avolumam e os resultados práticos só fortalecem a idéia de que eles podem fazer tudo, que nada de mal vai lhes acontecer. Entediados com suas vidinhas boas, esses garotos saem por aí dando “porrada” em qualquer um que lhes apareça na frente. Na última semana foi bastante falada a agressão de um grupo de jovens contra homossexuais em São Paulo. Tudo violência bárbara, gratuita, ao melhor estilo “laranja mecânica”. Em Florianópolis já tivemos o caso do garoto menor de idade, filho de gente rica, que estuprou uma menina com requintes de crueldade e saiu livrinho da silva, pagando pena comunitária, que ninguém sabe exatamente qual é. Ou seja: impune.

Outro dia, duas garotas foram agredidas de maneira selvagem por um jovem estudante de medicina numa casa noturna da cidade, a Vecchio Giorgio, na Lagoa da Conceição. Uma delas teve a testa afundada por um soco. O cara só foi parar na polícia porque um policial civil estava no bar e impediu que o dono da casa livrasse a cara do agressor. Ainda assim, não foi lavrado flagrante e o cara foi liberado. Nunca vai prestar contas deste ato.

E, na semana passada, dentro do Campus da Universidade Federal, dois estudantes e um professor - Vinicius de Mendonça (odonto), Luiz Felipe Prazeres (professor) e Daniel Bernardo de Souza Alves - bateram covardemente num garoto que vinha tranquilamente de bicicleta para uma comemoração depois da vitória no DCE. Eles só foram pegos porque, vistos pelos companheiros do garoto, tentaram fugir num carro e foram apedrejados. Então, os agressores também foram para o hospital onde já estava o garoto agredido. Os amigos reconheceram os dois e chamaram a polícia. Um deles é aluno da Odontologia. Outro disse atuar numa entidade como educador, o que parece ainda mais paradoxal. O que ensinará este jovem?

Para os agredidos fica uma perplexidade. As pessoas andam por aí batendo nas pessoas, cometendo atos de selvageria e nada acontece. Basta que apareça um bom advogado e lá estão eles fora da prisão, coisa que não acontece com os pobres, negros ou os identificados como “marginais” simplesmente por sua aparência.

Então, a gente vê na televisão os psicólogos, antropólogos e outros tantos estudiosos da violência falando sobre o que acontece com essa gente saciada que agora decidiu praticar seus atos de violência às claras, sem medo de nada. Porque é obvio que essas violências sempre aconteceram em todas as classes sociais, apenas que até pouco tempo os chamados “bem-nascidos” não andavam por aí à luz do dia batendo na cara das pessoas com lâmpadas. Agora eles fazem isso sem pudor. Mas, já se parou para pensar no que está para além das aparências? Será isso apenas uma patologia passageira e passível de cura?

Defendo a tese de que não, não é passageiro e não é uma doença do sistema. É, ao contrário, a natureza do sistema capitalista se explicitando, mostrando mais uma face de violência e exploração contra os sem poder. Essa agressão se dá no momento em que um capitalista suga a mais-valia de um trabalhador, quando a acumulação de riqueza faz com que um tenha muito e a maioria não tenha condições nem de reproduzir a sua vida. Essa violência aparece nas regras de produção que matam e adoecem milhões de pessoas todos os dias nas grandes fábricas e indústrias. E chega ao ápice quando sai do círculo produtivo e passa para a vida fora do trabalho. Como é o caso dos garotos riquinhos que queimam índios, que batem em mulheres negras e pobres porque julgaram ser uma “prostituta”. Ou seja, essa classe de gente nasce e cresce dentro de um ambiente em que se configura coisa normal explorar e violentar as gentes, ainda que seja na lógica produtiva do capital. Então, fazer isso no dia-a-dia não deve lhes parecer errado.

Tem um filme de terror muito conhecido que se chama “O Albergue”, e mostra como os ricos pagam fortunas para irem até uma cidade perdida de algum lugar no leste europeu (é óbvio) praticar um esporte radical: matar pessoas com requintes de crueldade. Um esporte, uma brincadeira, um passatempo divertido. É a metáfora perfeita destes tempos da fase tardia do capitalismo. Aos ricos, tudo! Mesmo no tal do estado de direito. Afinal, têm os advogados e dinheiro...

domingo, 21 de novembro de 2010

Do fundo do baú!!!

Do inesquecível Orlando Silva.. Sertaneja.. uma das belezas do nosso cancioneiro!!! Saudade destas vozes e destas letras de puro lirismo....