Alzheimer/Velhice
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sexta-feira, 2 de julho de 2010
Morre Abílio Manuel.. saudade de sua doçura!...
O cantor e compositor Abílio Manoel morreu, aos 63 anos, na última terça-feira, dia 29 de junho, em Itacaré, na Bahia, vítima de um infarto. Abílio Manoel, que nasceu em Lisboa (Portugal), passava férias na Bahia. Foi autor de sucessos como "Tudo Azul N'América do Sul", "Andréa", "Bom dia, amigo" e "Pena Verde", música com a qual foi o ganhador, em 1969, do Festival Universitário de MPB da TV Tupi, quando era estudante de Física na USP. Nessa época ele participou de muitos festivais musicais, tanto no Brasil como no Chile.
Nos anos 70 e 80, Abílio Manoel também foi o criador do programa radiofônico América do Sol, dedicado à música latino-americana, inicialmente exibido na rádio Bandeirantes e depois na rádio USP FM. O América do Sol foi um marco no rádio paulistano, nos anos 70, pois era o espaço disponível no dial para os apreciadores da boa música latino-americana. No seu programa ouvíamos a música de Mercedes Sosa, Victor Jara, Violeta Parra, Pablo Milanés e tantos outros. Nos últimos anos Abílio Manoel se dedicava à composição de jingles e trilhas sonoras. Deixou oito LPs gravados, dois CDs, 10 compactos duplos e mais 22 compactos simples.
Nos anos 70 e 80, Abílio Manoel também foi o criador do programa radiofônico América do Sol, dedicado à música latino-americana, inicialmente exibido na rádio Bandeirantes e depois na rádio USP FM. O América do Sol foi um marco no rádio paulistano, nos anos 70, pois era o espaço disponível no dial para os apreciadores da boa música latino-americana. No seu programa ouvíamos a música de Mercedes Sosa, Victor Jara, Violeta Parra, Pablo Milanés e tantos outros. Nos últimos anos Abílio Manoel se dedicava à composição de jingles e trilhas sonoras. Deixou oito LPs gravados, dois CDs, 10 compactos duplos e mais 22 compactos simples.
Esta foi uma canção que embalou minha juventude... quando éramos puros...
E este , que era a cara do nosso país naqueles dias...
Sempre ligado na América latina
Com Vicki Peláez, hoje mais que nunca
Por Dante Castro - Peru
A jornalista Vicki Peláez foi quem revolucionou a reportagem de rua na televisão peruana. Começavam os turbulentos anos 80 e, a imprensa devolvida aos seus proprietários, mais o retorno à democracia representativa, sacudiram as ataduras impostas aos meios pela ditadura militar de Morales Bermúdez. A propriedade dos meios de comunicação estava com a gente da direita, mas os jornalistas eram quase todos de esquerda. Das escolas de jornalismo saiam profissionais identificados com os interesses do povo (agora não mais). E, entre eles se destacou a cusquenha Vicki, com suficiente audácia para baixar até as portas do inferno se fosse necessário.
Uma tarde, ao final do segundo governo de Belaúnde, ela foi seqüestrada por um comando do Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA)e o preço de sua libertação foi que o Canal 2 passasse a reportagem completa em nível nacional. O MRTA anunciava o início de sua campanha guerrilheira com a recuperação da espada e da bandeira original do libertador José de San Martín. Os encapuzados, portando moderno armamento de guerra, rodeavam a Vicki Peláez e informavam aos telespectadores sobre o programa tupacamarista.
Quando Vicki foi libertada pelos seus captores, os serviços de inteligência, muito mais desorientados que os de hoje, começaram a seguir a jornalista e a gravar sua vida, com a intenção de mostrar sua cumplicidade com o MRTA. Todos os que conheciam a Vicki, sabíamos que essa não era sua posição política. Pois ela teve de mudar-se para outras terras e buscar outros climas onde exercer o jornalismo crítico e de investigação sem ser perseguida. Foi assim que chegou aos Estados Unidos, não para se aliar aos ianques, mas para manifestar sua posição inamovível frente a toda injustiça, venha de onde vier.(Isso tem de ser bem esclarecido porque não podemos permitir que qualquer desorientado, torpe e ignorante, tire por conclusão que por estar Vicki nos EUA e trabalhar num jornal de lá, tenha se vendido ao imperialismo. Isso não é assim).
Encontramos-nos em 1992 fazendo curso de pós-graduação em Literatura Latino-Americana, em Havana, Cuba. Contei a ela que já conhecia seu marido Juancho Lázaro, porque havíamos praticado karatê no dojo Zen Bu Kan, por vários anos, sob a direção de Koichi Kokubo. E também lhe contei que nesse mesmo dojo praticava karatê junto com a gente, um silencioso advogado que depois identificamos como sendo Vladimiro Montesinos. Rimos muito destas causalidades da vida.
A intenção de Vicki em Havana não era só estudar literatura, mas também buscar a cura para um câncer do qual padecia sua irmã. Nunca cheguei a saber se tudo deu certo. Espero que sim. Isso é para que fique claro que ela não foi à Cuba para aceitar ser espiã.
Vicki já trabalhava como jornalista num diário de Nova Iorque onde naturalmente não imperava uma linha de esquerda, mas onde havia um certo clima pluralista. Lá, ela criticou duramente o bloqueio anticubano, apesar de dividir espaço no mesmo jornal com jornalistas de opinião diferente. Seus artigos e investigações sempre colocaram a descoberto as manobras belicistas dos falcões ianques, denunciavam as violações de direitos humanos e destapavam casos de corrupção.
Uma das vezes em que retornou ao Peru, foi me visitar na revista Caretas, onde eu trabalhava. Tomamos sorvete de lúcuma (coisa que não existe em Nova Iorque), recordamos a nossa esta em Havana e ela me deu várias pistas a seguir de escândalos de corrupção em Lima, e me falou sobre como se vão embora os lucros que se obtêm com o turismo em Cuzco. Graças a ela entrevistei o presidente regional e constatei todos os fatos. Foi o meu artigo da semana.
Anos mais tarde, uma amiga de São Marcos quis ir trabalhar nos EUA como jornalista, já havia exercido a profissão em Lima e queria alçar novos vôos. Recomendei que visitasse Vicki Peláez em Nova Iorque. Um mês depois me disse que Vicki já tinha lhe apresentado aos seus diretores e ela estava trabalhando no mesmo diário. Não aconteceu o mesmo comigo porque, no meu caso, a recomendação tinha de ser feita por um cubano emigrado aos EUA, e como faria qualquer cubano exilado, ele não me aprovou.
Eu não andava muito bem por aqui. Era os dias em que o general Miyashiro difundiu a calúnia de que Dante Castro, igual que seus amigos, era membro das FARC no Peru. A revista Caretas, onde eu trabalhava, não me demitiu, mas nunca mais voltaram a me dar uma página ou comissões. Sem poder responder a Miyashiro, optei por me demitir voluntariamente. Mas, isso não importa, e sim o que acontece hoje com Vicki.
Hoje a estão processando nos EUA, acusada de espiã russa. Nada mais absurdo. Esse teatro foi montado pelos serviços de inteligência estadunidense, a CIA e o FBI, para calar uma das vozes mais críticas da imprensa escrita de Nova Iorque. Essa montagem reciclada da guerra fria e dos tribunais macartistas está sendo armado bem diante do nariz do “simpático” e "democrático" Barack Obama.
Suspeito eu que depois de fazerem toda uma campanha de desqualificação em público, lhe pedirão desculpas em privado e a mandarão para fora dos Estados Unidos. Isso deve começar hoje com a audiência pública na qual serão lidas as acusações e mostradas as “provas”. Advirto que nenhuma prova tem peso suficiente e tudo se reduz a suposições. Não há nada mais distante para Vicki que a Rússia pós-soviética, assim como há 20 anos também era distante para Vicki a Rússia soviética. Ou seja, não há nada com os russos.
Os jornalistas peruanos – e latino-americanos - deveriam demonstrar indignação por esse macabro espetáculo e fazer manifestações em favor da dignidade da nossa colega. Parece que muitos ainda tem dúvidas e acreditam que o FBI não se equivoca e que, como Deus, está sempre fazendo o que é certo. Será por isso que ninguém por aqui se manifestou contra a captura de Vicki e de seu esposo Juancho. A um acusado se presume inocência, assim ensina o jornalismo. Por isso, não podemos condenar, com nosso silêncio cúmplice, a uma vítima do imperialismo.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Quando o “menor” não é meu
A cidade de Florianópolis, no sul do Brasil, está estarrecida diante de algumas informações que chegam aos correios eletrônicos como se fosse um rastilho de pólvora. Uma garota de 13 anos, de um colégio de gente endinheirada, teria sido estuprada por colegas, praticamente da mesma idade. Um dos garotos seria filho de conhecido empresário, outro de um delegado. Uma carta de mães indignadas – que o colégio nega que sejam de lá – descreve a atrocidade com riqueza de detalhes. Nenhuma informação saíra na imprensa porque, dizem as mães, um dos estupradores é filho do dono de uma rede de comunicação. O jornal Diário Catarinense deu uma nota no dia 30 de junho, lacônica, divulgando o ocorrido, mas, alertando para o fato de que como todos são menores de idade o inquérito segue sob segredo de justiça. Nenhum nome, nenhuma informação a mais.
Muito bem. Corretíssima nota do DC. Quando são menores os envolvidos em crimes, não se divulgam nomes, não se publicam fotos. E mesmo se são maiores e não há flagrante, não se poderia divulgar porque haveria apenas uma presunção de crime. Os nomes só poderiam ser divulgados depois de as pessoas terem sido julgadas. E as fotos, só publicadas com a autorização do vivente. Mas, claro, isso só vale para os que conhecem a lei, no caso, os ricos, que podem ter bons advogados. Com os pobres, tudo é liberado.
Seria bom que o DC agisse assim em todos os casos que envolvessem adolescentes infratores. Seria bom que os jornais preservassem o direito dos menores, impedindo assim que eles ficassem marcados para o resto da vida por conta de alguma infração cometida nesta idade “tão problemática”. Mas ocorre que este debate está eivado de um recorte de classe. Quando são os pobres que cometem crimes, o que está implícito nos informes que nos chegam via TV ou jornal é de só poderiam acabar assim. “Não tem educação, não tem chances, estão fadados ao fracasso”. Como se isso fosse coisa natural. E não é assim. O prefeito Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, chegou ao absurdo de chamar as mulheres pobres e negras que vivem nos morros de “fábricas de marginal” porque, afinal, é de seus ventres que saem os filhos da pobreza.
Mas e quando quem comete um crime é um rico? Como a coisa anda? A primeira tese que se levanta é que a criatura deve ter algum problema mental. Vide o caso da loira que matou os pais, num fato que ficou semanas no ar. Pois é assim. Já se é um pé rapado quem mata os pais, aí está certo. É quase óbvio, é “da sua natureza”. Um juiz que rouba o INSS é protegido pela polícia federal. Jovens que matam um homossexual não tem seus nomes revelados para não terem seu futuro estragado. Não são menores, só ricos. Os canalhas que falsificam licenças ambientais, porque são empresários freqüentados por artistas e governadores são escoltados por agentes públicos, sem autorização para fotos. Depois, quando são soltos seguem suas vidas entre champanhes e festas. Nada os marca para sempre. Nada.
Agora este caso da garota violentada é mais um para esta triste estatística. Ficará em segredo de justiça para não manchar a vida dos garotos. Certamente haverão de se defender teses sobre graves problemas que teriam estes adolescentes, porque só isso poderia explicar tamanha infâmia, tamanha crueldade. Não é da natureza de jovens bem-nascidos cometerem atrocidades. Vamos lembrar os que queimaram o índio Galdino, hoje vivendo muito bem, em cargos públicos até. “Foi uma fatalidade”.
Ah! A hipocrisia burguesa! Todos os dias, em cada lugar deste mundão de deus os ricos estão violentando as gentes. De todas as formas. Parece ser da natureza de quem domina permanecer na impunidade. Por isso eles criam exércitos, milícias, leis, justiça. Porque estas coisas existem para eles, para proteção deles. É por isso que os gritos de “justiça, justiça” dos que estão à margem, fora do centro de poder, se perdem no vazio. A justiça é uma invenção dos poderosos para sua própria proteção. Só a eles serve. Vez em quando se dá uma vitória a um pobre para que o povo tenha a ilusão de que é possível confiar no sistema. Bobagem! Lei não é sinônimo de justiça.
Dou um exemplo de uma comunidade indígena dos Andes. Lá, se alguém viola o código da comunidade, é punido exemplarmente. O coletivo não pode ser maculado pela ação individual. A comunidade depende da harmonia. Se um homem mata outro ele não vai preso. Ele é obrigado a sustentar por toda a vida a sua família e a do outro que ele matou, vivendo essa vergonha para sempre. Porque um homem morto é um braço a menos na construção do coletivo. São regras simples, de comunidades simples.
No mundo capitalista a justiça é individual. Um homem morto é só um homem morto num universo de milhares de braços sobrantes. Uma peça, que é trocada, sem dor. Não há uma quebra no equilíbrio, porque é cada um por si. Por isso às famílias agredidas só resta chorar.
É o que ocorre agora, em Florianópolis, neste triste caso. A família da garota violada buscará justiça. Achará? O que devolve uma inocência perdida? O que recupera toda essa dor de nunca mais poder confiar em alguém? Como se retoma o equilíbrio numa sociedade medida pelo individualismo e pelo consumo? Quem se importa com essa dor? Haverá uma indignação momentânea e o caso cairá no esquecimento, como sempre é numa sociedade eternamente a espera do próximo espetáculo? Num estado dominado por um monopólio de comunicação, qual será a repercussão disso tudo?
Este é o estado da coisa. E deve ser pensado no seu todo. Os finos salões da burguesia também são capazes das coisas mais sórdidas. E não é por problema mental não. Só que aos poderosos tudo parece permitido. Até quando? Até que as gentes mudem este panorama, construindo uma outra sociedade que não esta, dominada pelo dinheiro de alguns. Porque hoje, aqui, neste modo de organizar a vida, a burguesia, por exemplo, pede histericamente a redução da idade penal para conter a violência cada dia maior. Mas, não é para todos. Isso vale apenas para quando o “menor” não é seu.
terça-feira, 29 de junho de 2010
Estados Unidos prendem 10 supostos espiões russos, entre eles, uma jornalista
Por Eva Golinder - EUA
Na semana passada o presidente Barack Obama compartilhava uma típica comida "americana" com o presidente da Federação Russa, Dmitri Medvédev. Entre hambúrgueres e cocas-cola, os dois chefes de Estado sorriem e proclamam sua relação "estável" e "melhor do que nunca". Medvédev até enviou pelo Twitter as fotos de seu agradável almoço com o seu par estadunidense. Não esperava que, dias depois, a Guerra fria ressuscitasse.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou a prisão de 10 supostos “espiões russos”, a maioria deles estadunidenses acusados de receberem financiamento do governo russo para executar operações de “inteligência”. Segundo o governo eles teria violado a lei FARA (Foreign Agent Registration Act–Ley, de Registro de Agentes Estrangeiros), que regula e monitora todos os cidadãos ou residentes estadunidenses que recebem financiamento de um governo estrangeiro para fins políticos ou propagandístico no país.
Até este momento, os dez prisioneiros não foram acusados de espionagem, mas sim de haver “conspirado para atuar como agentes estrangeiros sem estarem registrados sob a lei FARA".
Entre os detidos está uma jornalista de Nova Iorque, de origem peruana. Vicky Peláez escrevia para o jornal El Diario/La Prensa, periódico em idioma espanhol mais lido na Grande Maçã. Ela era uma das poucas jornalistas hispânicas que criticava a política de Washington para a América Latina, e buscava uma visão equilibrada nas suas reportagens sobre a Venezuela e outros países da região que normalmente são muito criticados pela imprensa estadunidense.
Até agora nenhuma organização internacional que defende jornalistas e a liberdade de expressão, como, por exemplo, o Comitê para Proteger os Jornalistas (CPJ), a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), ou os Repórteres Sem Fronteira (RSF) fizeram declarações sobre a prisão.
Peláez foi levada para a cadeia junto com o seu marido, Juan Lázaro, nativo do Uruguai, no último domingo em sua casa no bairro de Yonkers, arredores de Nova Iorque. Segundo o Departamento de Justiça, Peláez é acusada de ter recebido dinheiro de um representante do governo russo no dia 14 de janeiro de 2000, enquanto visitava um país da América do Sul. Supostamente, segundo a denúncia, o seu marido também recebeu um pacote de dinheiro de um agente russo no dia 25 de agosto de 2007. Segundo o expediente, "apenas dias depois de regressar a Nova Iorque, pagou quase 8 mil dólares em impostos que devia ao governo estadunidense”.
Então, recebeu ela dinheiro da Rússia para pagar seus impostos nos Estados Unidos?
O expediente entregue pelo Departamento de Justiça revela que a sede de inteligência russa em Moscou havia enviado uma mensagem a dois dos detidos. A mensagem dizia que sua missão principal era "buscar e desenvolver vínculos com os círculos políticos nos Estados Unidos”, e logo, enviar informes. Alta espionagem?
Agentes do FBI detiveram a Richard Murphy e Cynthia Murphy na residência do casal em Montclair, Nova Jersey, no domingo passado. Também foram presos Anna Chapman, em Manhattan; Michael Zottoli e Patricia Mills, em Arlington, Virginia; Mikhail Semenko, em Alexandria, Virginia; e Donald Howard Heathfield e Tracey Lee Ann Foley na sua casa em Boston. Estão ainda buscando um suspeito adicional, Christopher R. Metsos, que parece ter escapado.
Nove dos 10 detidos também foram imputados por “lavagem de dinheiro”.
Na semana passada, um documento publicado sobre uma agência estadunidense, National Endowment for Democracy (NED), revelou que entre 40 e 50 milhões de dólares foram entregues a grupos políticos na Venezuela, gente que se opõe ao governo de Hugo Chávez. Segundo informes divulgados desde 2002, distintas agências estadunidenses e europeias, como a USAID, NED, Freedom House, Departamento de Estado, Comisão Europeia e outras, financiaram partidos e grupos políticos na Venezuela para "acabar com o governo de Chávez", incluindo aí o golpe de estado em abril 2002.
Não obstante, quando o governo venezuelano acusou (mas não levou para a cadeia) grupos e indivíduos que recebiam estes fundos, de serem agentes estrangeiros, o governo estadunidense e as "defensoras" internacionais dos direitos humanos o acusaram de ser "ditatorial", "repressor" e "violador" dos direitos básicos dessas pessoas que recebem dinheiro de potências estrangeiras.
Na semana passada, o presidente Evo Morales, da Bolívia, também acusou a USAID de financiar atividades de desestabilização em seu país, alertando a Washington que sua agência estatal poderia ser expulsa do país andino.
Em Cuba, Alan Gross, um empregado de uma contratada da USAID, Development Alternatives Inc (DAI), foi detido em dezembro de 2009 e acusado de espionagem e subversão. Trazia equipamentos de satélite e de alta tecnologia ao país caribenho para entregar a grupos de contrarrevolução.
Na Venezuela, as agências internacionais parecem estar envolvidas em grandes redes de lavagem de dinheiro, junto com seus "sócios" venezuelanos. Entram com milhões de dólares em efetivo no país, sem fiscalização, para assim, fugirem do controle de câmbio de moeda estrangeira que existe na Venezuela, a fim de evitar atos ilícitos e fuga de capitais.
As leis eleitorais na Venezuela proíbem o financiamento externo de campanhas políticas no país. Não obstante, Washington viola as mesmas leis que procura respeitar no seu território.