Cerca de 15 pessoas mantém uma vigília na entrada de Ribeirão Souto, em Pomerode , Santa Catarina, em protesto contra a chamada "puxada de cavalo". Nesta "brincadeira", a comunidade obriga os cavalos a puxarem mais de duas toneladas, num longo e doloroso processo de tortura. No ano passado várias pessoas foram agredidas e este ano os manifestantes contam com a proteção da polícia militar.
Neste momento, as pessoas estão cerca de dois quilômetros do local onde acontece a "puxada". O pessoal da comunidade está armado com ovos podres e bosta de cavalo para jogar em quem se aproximar com o que eles chamam de discurso de "ecochato". Segundo os manifestantes a tortura aos cavalos nem pode ser chamada de "tradição" pois faz apenas pouco mais de uma década que a "brincadeira" acontece. Ainda há muita estrada para trilhar na defesa dos animais.
Nietzsche, no final da vida, teve um momento de profunda tristeza quando viu um cavalo ser espancado pelo seu dono. Agarrou-se ao animal e chorou por muito tempo, impotente diante do arbítrio. Hoje, já é possível fazer mais do que chorar. Os animais estão aí para serem cuidados pelos humanos. Basta de tortura!
Lá em Pomerode, poucas mas comprometidas pessoas, fazem a sua parte.
É, Elaine, bem lembrado. E vale dizer que para alguns comentadores da época, foi exatamente nesse momento que se percebeu que o professor Nietzsche já não ia bem da cabeça. Coitados. Quem não ia bem eram eles.
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