Alzheimer/Velhice

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Dia fora do tempo


Quando a Europa ainda estava mergulhada na feiúra do tempo feudal, aqui, na nossa Abya Yala (hoje América Latina) já viviam povos prósperos e de vida plena, tais como os incas, astecas e maias. Estes últimos conheciam a astronomia e tinham um calendário bastante complexo. Nele, também existem os mesmos 365 dias, tal e qual o calendário gregoriano que é assumido hoje por grande parte da humanidade. Mas, a contagem do tempo baseia-se em 13 ciclos lunares de 28 dias por ano solar, perfazendo 364 dias.

O dia 365 existe, mas é chamado de “Dia Fora do Tempo”, uma espécie de hiato entre o Ano Velho e o Ano Novo que começa, então, no dia 26 de julho. O dia fora do tempo é celebrado com festa e meditação. Os maias consideravam este dia como uma grande oportunidade para reciclar, recomeçar, recarregar as energias, libertar o que já não é mais preciso, agradecer por tudo o que foi recebido no período anterior, e prepara-se para o ano seguinte, sempre em completa harmonia com a natureza.

Hoje existe uma vasta tribo que vive segundo as vibrações do calendário Maia, é a chamada comunidade da paz, e é essa gente que se junta à ancestralidade dos maias para celebrar e conspirar por um novo tempo. É um povo que caminha pelas estradas secundárias, que professa um profundo amor pela natureza, que busca a harmonia com a vida que vive. Uma gente única, que bate tambores e compreende o som do coração da terra mãe, Pachamama. Neste dia 25, dia fora do tempo, recomeça um novo ciclo com o nascimento astronômico de Sirius, que se eleva no horizonte juntamente com o Sol, trazendo uma energia de limpeza e purificação interior, trabalhando corpo e alma. Este é um dia para se ficar em paz, em plena meditação, ligando a vida terrena com o Grande Espírito. É hora de ratificar a incrível lição dada pelo povo Apache que ensina que viver é caminhar na beleza.

O novo ano maia que começa neste dia 26 de julho leva o nome de Tormenta Elétrica Azul e os amantes da paz rezam e caminham, unidos, para construir a grande ponte do arco íris que levará a humanidade a um tempo novo, de alegria e riquezas repartidas. Enquanto os poderosos do mundo planejam a destruição em nome de seu egoísmo, gente há que vibra noutra onda, que trilha os caminhos do mundo grávida de solidariedade, liberdade, cooperação, beleza. É nesta tribo que descanso meu viver. Com eles, eu os convido a esse dia de purificação...

E que venha o ano novo!

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